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21.5.25

21.5.25

Morre aos 85 anos Jacob Palis, gênio da matemática que transformou a ciência no Brasil

 

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Um dos maiores matemáticos do Brasil e do mundo

Faleceu nesta quarta-feira (7), no Rio de Janeiro, aos 85 anos, o matemático brasileiro Jacob Palis. Reconhecido internacionalmente, Palis foi um dos maiores nomes da matemática, deixando uma marca profunda na ciência brasileira e mundial. Seu trabalho influenciou gerações de pesquisadores e consolidou o Brasil como referência na área.

Uma vida dedicada à matemática e à ciência

Nascido em Uberaba, Minas Gerais, Jacob Palis mudou-se para o Rio de Janeiro aos 16 anos, onde ingressou no curso de Engenharia na Universidade do Brasil — atual Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Palis não demorou a se destacar: foi aprovado em primeiro lugar no vestibular e concluiu sua graduação em 1962.

Logo após, seu caminho acadêmico se voltou integralmente para a matemática, onde construiu uma carreira brilhante e de alcance global.

Liderança e contribuições científicas que mudaram a matemática

Jacob Palis não apenas produziu ciência de excelência, como também desempenhou papel fundamental no fortalecimento da matemática no Brasil e na América Latina. Entre 1993 e 2003, foi diretor-geral do Instituto de Matemática Pura e Aplicada (IMPA), período em que a instituição conquistou autonomia, flexibilidade e visibilidade internacional.

Em 1998, Palis foi eleito presidente da União Matemática Internacional (IMU), a mais alta entidade da matemática no mundo. Também liderou, em 1995, a criação da União Matemática da América Latina e Caribe (UMALCA), fortalecendo a colaboração científica no continente.

De 2007 a 2016, esteve à frente da Academia Brasileira de Ciências, onde continuou defendendo a valorização da ciência no país.

Contribuições acadêmicas que impactaram o mundo

Palis foi pioneiro no desenvolvimento da visão global da teoria dos sistemas dinâmicos, uma área que estuda o comportamento de sistemas matemáticos complexos. Seu trabalho, especialmente na década de 1990, é considerado referência até hoje e continua inspirando pesquisadores no Brasil e no exterior.

Ao longo de sua carreira, publicou dezenas de estudos que ajudaram a impulsionar a matemática como disciplina estratégica para o desenvolvimento científico e tecnológico.

Prêmios e reconhecimento internacional

O legado de Jacob Palis é reconhecido mundialmente. Ele fazia parte de dez Academias Nacionais de Ciências e recebeu o título de doutor Honoris Causa de nove universidades ao redor do mundo.

Entre os principais prêmios que recebeu estão:

  • Grã-Cruz da Ordem Nacional do Mérito Científico (1994)

  • Prêmio Interamericano para Ciência (1995)

  • Prêmio Trieste de Ciência (2006)

  • Prêmio Balzan em Matemática (2010) — um dos maiores prêmios científicos do mundo

  • Oficial da Legião de Honra (2018) — a mais alta condecoração da França

Despedida de um gigante da ciência

O velório de Jacob Palis acontece nesta quinta-feira (8), no Memorial do Carmo, capela 4, no Rio de Janeiro, das 10h30 às 14h30.

Marcelo Viana, diretor-geral do IMPA, destacou a importância de Palis em nota oficial:

“Jacob é, simplesmente, um gigante da nossa ciência. Sua visão, sua liderança e suas contribuições revolucionaram a matemática no Brasil e na América Latina, impactando profundamente as vidas de milhares de pesquisadores, inclusive a minha.”

Jacob Palis deixa um legado imensurável, não apenas pela excelência acadêmica, mas pelo papel fundamental na construção de uma ciência forte, inclusiva e global.


Fonte: Agência Brasil



21.4.24

21.4.24

Por que universidades e empresas disputam matemáticos no Brasil

 

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  • Filipe Vilicic
  • Role,De São Paulo para a BBC News Brasil


Quatro anos depois de se formar em matemática aplicada, Fernanda Scovino ainda frequenta a faculdade onde estudou, a Fundação Getúlio Vargas (FGV), mas não como aluna — ela vai agora em busca de novos talentos para suas equipes.

Ela lidera aos 25 anos uma equipe de seis analistas de dados na Prefeitura do Rio de Janeiro, e tem uma ONG, a Base de Dados, que reúne e facilita o acesso a uma série de informações.

“A disputa pelos matemáticos é muito grande", diz Fernanda.

"Quando eu estudava, as empresas promoviam visitas aos seus escritórios, éramos muito abordados por bancos, consultorias, startups e empresas de tecnologia", ela acrescenta.

A professora Maria Soledad Aronna diz que esse tipo de movimento é bem comum.

Ela dá aulas no curso de Ciências de Dados e Inteligência Artificial da FGV desde 2012 e conta que já viu vários ex-alunos voltarem alguns anos depois em cargos de chefia e atrás de estagiários.

A professora conta que as empresas chegam a recrutar estudantes até mesmo do segundo ano, quando eles nem sabem o básico da profissão.

"O índice de empregabilidade dos alunos é 100%, e o crescimento na carreira tem sido aceleradíssimo", diz Aronna.

O mercado está mesmo aquecido para quem domina matemática e em áreas afins — como estatística, ciência de dados, computação e algoritmos.

Essas pessoas são valorizadas porque têm habilidades que vão muito além de fazer cálculos e contas difíceis.

Elas desenvolvem também uma capacidade de pensar problemas de forma abstrata e sair em busca de soluções.

Mas o número de pessoas que formam nestas áreas no Brasil não parece estar dando conta da demanda.

A Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação, um setor onde vão trabalhar muitos destes profissionais, calcula, por exemplo, que são criadas quase 160 mil novas vagas por ano.

Mas só se formam a cada ano 53 mil com as habilidades que as empresas buscam, pelas contas da associação — ou seja, há em torno de três vagas para cada novo profissional.

O salário gira na casa de R$ 6 mil por mês, quase quatro vezes a média nacional, de R$ 1,6 mil.

Mas há empregos no mercado que pagam o dobro, triplo ou mais para profissionais mais experientes e qualificados.

"A era dos matemáticos chegou", cravou Keith McNulty, diretor global de ciências, tecnologia e digital da consultoria McKinsey & Company, em um post na rede social LinkedIn em outubro do ano passado.

McNulty explica à BBC News Brasil que a procura começou a aumentar nos últimos dez anos graças a popularização de novas tecnologias.

“Multiplicaram-se as oportunidades para matemáticos”, diz McNulty.

“Muitas empresas e organizações passaram a trabalhar com grandes quantidades de dados, sendo que antes costumavam se restringir a pequenas planilhas."

‘Achei que era golpe’

Essa alta demanda por profissionais da matemática e áreas correlatas produz um efeito em cascata em que as universidades saem à caça de jovens promissores nas salas de aula das escolas.

"Quando recebi o e-mail, não acreditei. Achei que era golpe", diz Paula Eduarda de Lima, de 18 anos, que recebeu um convite da FGV para participar de uma preparação para o vestibular.

Caso fosse aprovada, ela tinha a garantia de que receberia uma ajuda financeira para se mudar de Jaboti, no interior do Paraná, para estudar sobre ciência de dados e inteligência artificial no Rio.

Ela não foi o único caso. A FGV tem oferecido uma série de benefícios a estudantes de todo o Brasil que sejam medalhistas da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP).

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Paula Eduarda havia chamado a atenção ao ganhar a prata em 2021. Por dois anos seguidos, ela também foi ouro na Olimpíada Brasileira de Astronomia (OBA).

Filha de pequenos agricultores, Paula Eduarda aceitou o convite. Hoje, está no segundo ano do curso.

"Moro com os outros bolsistas em um hotel e recebo R$ 2,4 mil por mês de apoio", conta a estudante, que vê na matemática uma forma de "crescer na vida".

No futuro, ela diz se vê trabalhando com análise de dados em uma grande empresa ou como pesquisadora em uma universidade.

Como a matemática movimenta a economia

Os rendimentos de empregos ligados à Matemática compõem 4,6% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, segundo um estudo do instituto Itaú Social feito em parceria com o Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa).

De acordo com o estudo, homem e pessoas brancas ocupam a maioria dos empregos intensivos em matemática, com participação de 69% e 62%, respectivamente, embora sejam minoria na população em geral, com uma representação de 48,5% e 43,5% entre os brasileiros como um todo.

Divulgado no final do ano passado, esse foi o primeiro levantamento feito para estimar como estas profissões movimentam a economia do país.

Em outros países essa participação é ainda maior, diz Marcelo Viana, presidente do Impa.

Na Inglaterra, 15% do PIB é representado pela matemática e suas aplicações, aponta Viana. Na França, são 18%.

“Algoritmos, a ciência de dados e campos relacionados progridem rapidamente por serem cada vez mais presentes no dia a dia, nos produtos e softwares que usamos, com grande peso na economia", explica Viana.

Nos Estados Unidos, o governo estima que o número de vagas para matemáticos e estatísticos no mercado vai crescer 30% entre 2022 e 2032.

A média salarial está hoje na faixa dos US$ 100 mil por ano (quase R$ 500 mil) — aproximadamente o dobro do ganho médio de um americano.

Um profissional da área tem, em geral, mestrado em matemática ou estatística, segundo o levantamento do governo americano, mas algumas vagas aceitam apenas diploma em graduação.

É uma realidade bem diferente do que a que Keith McNulty, diretor da McKinsey, encontrou no passado.

"Quando me formei no doutorado, há 25 anos, saí perdido porque, naquela época, a única opção para matemáticos parecia ser ir para o meio acadêmico, algo que eu não achava gratificante", comenta McNulty.

Quanto ganha um matemático no Brasil?

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O levantamento do Itaú Social e do Impa apontou que, no Brasil, os salários mais baixos são justamente os de professores de matemática do ensino fundamental, em torno de R$ 2,5 mil.

Já as vagas nas áreas de pesquisa e engenharia giram em torno de R$ 8,3 mil por mês.

Os executivos em empresas públicas, categoria com o maior salário médio do estudo, recebem cerca de R$ 14,4 mil reais.

Os salários no mercado privado podem ir ainda mais além. Uma empresa de inteligência artificial de São Paulo, por exemplo, paga entre R$ 15 mil e R$ 20 mil para profissionais mais experientes, com doutorado e alguma experiência corporativa, segundo apurou a reportagem.

Mas, de acordo com um executivo da empresa, esses valores ainda assim ficam “abaixo da média” do setor, e é preciso sinalizar que isso será compensado por futuros bônus e opções de ações para conseguir recrutar os melhores.

Isso ajuda a entender porque a grande maioria dos colegas de Fernanda Escovino que também estudaram matemática trabalham na área de dados de grandes empresas e do mercado financeiro.

“São pouquíssimos os que viram professores e pesquisadores", diz ela.

Ela conta que, antes de entrar na faculdade, pensava cursar engenharia "justamente pelo preconceito que se tem de achar que a única opção para matemáticos é se tornar professor".

Mas Fernanda diz que se apaixonou pela matemática depois de assistir a uma aula na faculdade.

"O ponto de vista da matemática ensina sobre um tipo de raciocínio lógico que é importante em muitas carreiras, ainda mais nos dias atuais, com a popularidade da ciência de dados", diz Fernanda, que é diretora de dados e inovação.

"As pessoas ao redor estranham, mas os cargos nos quais estão os matemáticos têm títulos que para alguns não lembram a nossa disciplina."

Os gargalos para o Brasil se tornar potência da Matemática

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Se por um lado as novas profissões viraram um chamariz para a matemática, isso virou um problema para a formação de novos professores.

Os baixos salários pagos para quem dá expediente na sala de aula faz com que menos matemáticos procurem a licenciatura, diz Marcelo Viana, do Impa.

Isso cria um gargalo importante no Brasil e em outros países.

Em 2022, o matemático Christophe Besse, presidente do Centro Nacional de Pesquisa Científica (CNRS, na sigla em francês), apontou para uma tendência paralela.

"Há uma diminuição no número de professores e pesquisadores e, assim, uma menor capacidade de ensino", alertou Besse.

Outro problema, diz Viana, é que o Brasil "não tem acompanhado a demanda" na formação dos estudantes.

Uma evidência disso, aponta o presidente do Impa, são os resultados do Pisa, a principal avaliação de educação básica no mundo.

Enquanto os 38 países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), apelidada de "clube dos ricos", tem em média 31% dos alunos com baixo desempenho em matemática, o índice é de 73% no Brasil.

Isso quer dizer que sete em cada dez jovens do país não conseguem fazer os cálculos mais simples.

"Se considerar aqueles que alcançaram um nível mínimo de conhecimento para ambicionar ingressar em profissões que exigem o domínio da Matemática, aí a porcentagem é ínfima, de 4%", diz Viana.

"O Brasil tem uma carência enorme, por consequência de problemas estruturais de nosso ensino, que inclusive faz com que a matemática seja vista como um bicho-papão pelos estudantes.”

A bióloga Cristina Caldas, diretora de ciência do Instituto Serrapilheira, dedicado à valorização do conhecimento científico, defende ser preciso mais estímulo público e privado para ampliar a formação na área.

"Iniciativas que mostrem como modelos matemáticos, algoritmos e afins estão por trás de grandes avanços que atendem demandas atuais, como o combate a epidemias e o progresso da computação", diz Caldas.

O Brasil pode com isso se tornar “um país rico em ideias que possam solucionar problemas urgentes da sociedade atual", defende a bióloga.

O Serrapilheira está agora em sua 7ª Chamada Pública de Apoio à Ciência, destinada ao financiamento de pesquisadores nas áreas de ciências naturais, computação e matemática em início de carreira interessados em resolver grandes questões nos campos em que atuam.

Desde 2018, 24 projetos foram aprovados na área da matemática, com um total de investimentos na casa de R$ 7,5 milhões.

Em ciências da computação, foram outros 15 projetos, com investimento de R$ 3,1 milhões.

Keith McNulty, da McKinsey, ressalta, para quem quer ganhar a vida com a Matemática, que o mercado mudou bastante nos últimos 25 anos.

“A diferença agora está na grande quantidade de dados com a qual temos de trabalhar e na complexidade dos problemas matemáticos enfrentados", diz o executivo.

McNulty ressalta, no entanto, que no contexto atual de alta procura pela indústria da tecnologia, não basta ter formação na área.

Por isso, ele aconselha: "Torne-se competente em linguagem de programação, caso queira tirar o melhor de suas habilidades matemáticas em sua futura carreira”.

Fonte: BBC  Por Filipe Vilicic

Link: https://www.bbc.com/portuguese/articles/c04rj7jl4e1o 

  • Role,De São Paulo para a BBC News Brasil




29.11.23

29.11.23

A Importância da Engenharia Didática em Matemática na resolução de problemas Matemáticos

 

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Photo by Michael Dziedzic on Unsplash


A engenharia didática em matemática é fundamental para a resolução de problemas matemáticos, pois se baseia em estratégias e métodos que buscam promover a compreensão e o desenvolvimento de habilidades dos estudantes.

Um dos principais aspectos da engenharia didática é a criação de situações-problemas que sejam desafiadoras e contextualizadas, possibilitando aos alunos a aplicação dos conceitos matemáticos aprendidos em situações reais. Isso permite que os estudantes percebam a importância e a utilidade desses conceitos no seu cotidiano, o que contribui para o engajamento e interesse na aprendizagem da matemática.


Pensamento crítico e criativo dos alunos


Além disso, a engenharia didática busca promover o pensamento crítico e criativo dos alunos ao propor diferentes estratégias de resolução de problemas. Dessa forma, os estudantes são estimulados a encontrar soluções diferentes para um mesmo problema, o que desenvolve a capacidade de análise, síntese e argumentação.

 

Outro aspecto relevante da engenharia didática em matemática é a adaptação dos conteúdos e estratégias de ensino às características e necessidades individuais dos alunos. Isso exige do professor a criação de materiais didáticos diversificados, que considerem os diferentes estilos de aprendizagem dos estudantes, suas experiências prévias e interesses.

 

Neste sentido, a engenharia didática em matemática contribui para o desenvolvimento de competências socioemocionais, como a perseverança, autonomia e colaboração, tão importantes para a resolução de problemas em geral.

 

Portanto, a importância da engenharia didática em matemática na resolução de problemas matemáticos é evidente, pois auxilia no processo de ensino-aprendizagem, tornando-o mais significativo, motivador e eficiente.


Abordagem educacional 


A Engenharia Didática em Matemática é uma abordagem educacional que visa estruturar o ensino da disciplina, de forma a torná-la mais acessível e compreensível para os estudantes. Ela utiliza técnicas e estratégias pedagógicas que promovem a construção do conhecimento matemático de forma ativa e significativa.

 

A principal finalidade da Engenharia Didática em Matemática é desenvolver nos estudantes as habilidades necessárias para resolver problemas matemáticos de forma autônoma e criativa. Para isso, são utilizadas diferentes estratégias, como a utilização de materiais manipulativos, jogos matemáticos, resolução de problemas contextualizados, entre outros.


 Principais características da Engenharia Didática em Matemática


Uma das principais características da Engenharia Didática em Matemática é o trabalho com situações-problema. Ao invés de apenas apresentar fórmulas e conceitos de forma isolada, os estudantes são incentivados a resolver problemas reais e contextualizados. Dessa forma, eles desenvolvem a capacidade de aplicar o conhecimento matemático em situações do cotidiano, o que torna o aprendizado mais significativo e duradouro.

 

Além disso, a Engenharia Didática em Matemática também incentiva a construção do conhecimento de forma colaborativa. Os estudantes são estimulados a trabalhar em grupo, discutir ideias e compartilhar estratégias de resolução de problemas. Isso promove a troca de experiências e conhecimentos, além de desenvolver habilidades sociais importantes, como a capacidade de ouvir e respeitar diferentes opiniões.

 

Outro aspecto importante da Engenharia Didática em Matemática é a utilização de recursos tecnológicos no ensino. A tecnologia pode ser uma ferramenta poderosa para potencializar o aprendizado da disciplina, por meio de jogos educativos, vídeos explicativos, softwares de simulação, entre outros recursos. Isso torna as aulas mais dinâmicas e atrativas, além de permitir uma maior personalização do ensino, de acordo com as necessidades e interesses de cada estudante.


 Valorização da formação contínua dos professores


A Engenharia Didática em Matemática também valoriza a formação contínua dos professores. É fundamental que os educadores estejam atualizados em relação às tendências e novas abordagens de ensino da disciplina, para que possam implementar com sucesso a Engenharia Didática em suas práticas pedagógicas. Para isso, é importante que eles participem de cursos, seminários e workshops, onde possam trocar experiências e se atualizar.


 Conclusão 


Em resumo, a Engenharia Didática em Matemática é uma abordagem educacional que busca tornar o ensino da disciplina mais acessível e compreensível para os estudantes. Ela utiliza estratégias pedagógicas que promovem a construção do conhecimento de forma ativa e significativa, por meio da resolução de problemas, trabalho colaborativo e utilização de recursos tecnológicos. É uma abordagem que valoriza a formação contínua dos professores e busca tornar o ensino da matemática mais atrativo e relevante para os estudantes.



Valdivino Alves de Sousa

 É  Matemático, Contador,  Bacharel em Direito, Pedagogo e Mestrando em Educação

E-mail: valdivinosousa.mat@gmail.com 



25.11.23

25.11.23

Pessoas que leem escrevem melhor e tem melhor escrita Matemática

 

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Foto: Reprodução Instagram 

Pessoas que leem escrevem melhor e tem melhor escrita Matemática

A leitura contribuem em todas as áreas da nossa vida, e na Matemática não é diferente, pois é mediante a comunicação que conseguimos entender um enunciado de uma questão. Um professor de Matemática na educação básica pode trabalhar conceitos relacionando a língua portuguesa com conceitos matemáticos, trazendo da teoria para a vida prática. 

 Existem alunos que tem mais facilidade de aprender quando se depara com algo que assemelha a seu dia a dia. Quando falamos de escrita matemática nada mais é buscar entender e decifrar a linguagem numérica simbólica para a escrita. Antes de encontrar uma solução do problema proposto existe uma simulação anterior. Por exemplo, temos um problema de matemática para resolver, este problema precisa ser interpretado de forma escrita de maneira contextualizada, ou seja, com uma linguagem fácil de entendimento. 


10.9.22

10.9.22

Descoberta equação matemática com amplas aplicações tecnológicas

 

Matemáticos descobriram uma equação inovadora que promete transformar o tratamento de inúmeras questões práticas, de procedimentos médicos à produção de embalagens plásticas e à extração de gás natural.

  Da Redação do Site Inovação Tecnológica - 09/09/2022

 

 Inovação matemática

Matemáticos descobriram uma equação inovadora que promete transformar o tratamento de inúmeras questões práticas, de procedimentos médicos à produção de embalagens plásticas e à extração de gás natural.

 

Isto porque a equação permite, pela primeira vez, calcular com exatidão como se dá o movimento de partículas através de um meio permeável, que pode ser a terra, a pele humana ou um filtro, como os usados nas mais diferentes aplicações tecnológicas.

 

Faz mais de um século que Albert Einstein (1879-1955) e Marian von Smoluchowski (1872-1917) derivaram a primeira equação de difusão, que continua sendo a principal ferramenta para estudar a dinâmica do movimento de uma partícula browniana livre. Mas, quando estão presentes heterogeneidades espaciais, na forma de interfaces permeáveis, nenhuma equação fundamental havia sido derivada.

 

Assim, sempre que observavam e tentavam descrever o movimento das partículas através de materiais porosos - como tecidos biológicos, polímeros, rochas, esponjas etc. - os cientistas dependiam de aproximações ou perspectivas incompletas.

 

Equação de difusão

Agora, Toby Kay e Luca Giuggioli, da Universidade de Bristol, no Reino Unido, desenvolveram a primeira equação de difusão que dá resultados exatos ao lidar com condições mais práticas.

 

"Isso marca um passo fundamental desde os estudos de Einstein e Smoluchowski sobre difusão. [Nossa equação] revoluciona a modelagem de entidades difusoras através de meios complexos de todas as escalas, desde componentes celulares e compostos geológicos até habitats ambientais.

 

"Anteriormente, as tentativas matemáticas de representar o movimento através de ambientes repletos de objetos que impedem o movimento, conhecidas como barreiras permeáveis, eram limitadas. Ao resolver esse problema, estamos abrindo caminho para avanços empolgantes em muitos setores diferentes, porque barreiras permeáveis são rotineiramente encontradas por animais, organismos celulares e humanos," disse Kay.

Descoberta equação matemática com amplas aplicações tecnológicas
[Imagem: Yen Strandqvist/Chalmers University of Technology]

Matemática do movimento

A criatividade na matemática assume diferentes formas, e a dupla se baseou na conexão entre diferentes níveis de descrição do fenômeno. Mais especificamente, eles representaram o movimento aleatório das partículas de forma microscópica e, em seguida, deram um distanciamento para conseguir descrever o processo macroscopicamente.

 

Foram essas duas perspectivas que permitiram encontrar a nova equação.

Agora será necessário adaptar esta nova ferramenta matemática para cada aplicação prática, para então tirar proveito dela para a melhoria de produtos e serviços.

 

Por exemplo, ser capaz de modelar com precisão a difusão de moléculas de água através do tecido biológico irá melhorar a interpretação das leituras de imagens por ressonância magnética; também será possível fazer uma representação mais precisa do ar se difundindo através das embalagens de alimentos, ajudando a determinar o prazo de validade e o risco de contaminação; o uso de geolocalizadores, celulares e sensores também pode ter benefícios, já que a interpretação dos dados depende da representação matemática do movimento de entidades no ambiente, sejam pessoas, carros ou os próprios dispositivos eletrônicos.

 

É necessário lembrar também de todas as aplicações onde estão presentes filtros, membranas e materiais porosos, incluindo as células a combustível, as baterias, os sistemas de dessalinização etc.

 

"Esta descoberta é mais um passo significativo para melhorar nossa compreensão do movimento em todas as suas formas e modos - coletivamente denominadas matemática do movimento - que tem muitas aplicações potenciais interessantes," concluiu Giuggioli.

 

Bibliografia:

Artigo: Diffusion through permeable interfaces: Fundamental equations and their application to first-passage and local time statistics
Autores: Toby Kay, Luca Giuggioli
Revista: Physical Review Research
Vol.: Accepted paper

 

Fonte:  Inovação Tecnológica

Artigo disponível em: https://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=descoberta-equacao-matematica-amplas-aplicacoes-tecnologicas

 

 

 

4.12.20

4.12.20

Competição ibero-americana de matemática tem medalhistas da USP

Sete estudantes da Universidade foram premiados por resolverem desafios matemáticos; olimpíada reuniu mais de 100 estudantes das principais universidades da América do Sul e Central

Sete estudantes da Universidade foram premiados por resolverem desafios matemáticos; olimpíada reuniu mais de 100 estudantes das principais universidades da América do Sul e Central

Estudantes da USP se destacaram na 12ª Competição Ibero-Americana Interuniversitária de Matemática (CIIM), olimpíada anual destinada a alunos de graduação de universidades da América do Sul e Central que competem resolvendo problemas matemáticos que envolvem conceitos básicos da teoria dos números, geometria, análise combinatória, cálculo diferencial e integral e álgebra. Participaram dez alunos do Instituto de Matemática e Estatística (IME) e do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) e sete foram premiados com medalhas – uma de ouro, quatro de prata e duas de bronze. Neste ano, devido à pandemia, a competição ocorreu virtualmente entre os dias 20 e 26 de outubro.

Ricardo Felipe Rosada Canesin é estudante do terceiro ano do curso Bacharelado em Matemática no IME – Foto: Arquivo Pessoal

A olimpíada reuniu mais de 100 estudantes das principais universidades da região, como a Universidade de Buenos Aires, da Argentina, e a Universidade dos Andes, da Colômbia. Pelo Brasil, além da USP, também participaram a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), a Fundação Getulio Vargas do Rio de Janeiro (FGV-Rio), o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), o Instituto Militar de Engenharia (IME) e a  Pontifícia Universidade Católica do Rio (PUC-Rio).

Um dos participantes foi Ricardo Felipe Rosada Canesin, estudante do curso de Bacharelado em Matemática no IME, que recebeu a medalha de ouro e ficou entre os cinco melhores da competição. “Nunca me preparei muito para as olimpíadas de conhecimento, mas sempre fui dedicado aos meus estudos. O resultado na competição foi consequência direta disso e, para mim, essa medalha representa um reconhecimento desse esforço e que estou no caminho certo. É um incentivo para eu continuar me dedicando”, destaca o estudante.

Victor Hugo de Souza Daniel, do ICMC – Foto: Reprodução/ Linkedin

Outro medalhista, Victor Hugo de Souza Daniel, do ICMC em São Carlos, destaca a interação entre os grupos como algo que motivou e divertiu os participantes. “Por conta da pandemia, as provas foram realizadas on-line, pela plataforma Google Meet. E para não perder a interação que teríamos se ela fosse realizada presencialmente, nos separaram em grupos antes dos dias de provas, e tivemos de bolar um problema para desafiar outra equipe”, explica. “Foi a primeira vez em que participei da competição, e receber esse reconhecimento é bastante incentivador.”

Além de Ricardo e Victor, também foram premiados João Pedro Sedeu Godoi, Eduardo Ventilari Sodré, Lorenzo Andreaus, que conquistaram prata, e André Yuji Hisatsuga e Luan Arjuna Fraga Ramires que receberam a medalha de bronze.

Sobre a competição 

Lançada em 2009, a Competição Ibero-Americana Interuniversitária de Matemática busca incentivar o estudo da matemática e a excelência acadêmica na comunidade universitária ibero-americana, além de contribuir para o desenvolvimento social, cultural e econômico dos países participantes.

A competição é constituída de uma prova aplicada em dois dias consecutivos e, cada dia, os alunos devem resolver três problemas em um tempo de quatro horas e meia. Os temas do concurso devem abranger problemas originais de nível universitário nas áreas de Análise, Álgebra, Álgebra Linear, Probabilidade e Análise Combinatória, Teoria dos Números e Variáveis Complexas.  A correção das provas é feita pelos jurados do concurso, sendo cada questão pontuada por, pelo menos, três jurados.

 Fonte: Jornal USP 

 

 

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