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25.8.17

O lúdico infantil no ensino de Matemática



 

O lúdico infantil no ensino de Matemática Você sabe qual é a importância do ensino de Matemática através do lúdico na Educação Infantil?
O artigo fundamenta-se em discutir e destacar a importância do ensino de Matemática através do lúdico na Educação Infantil. A Matemática é fundamental em nossas vidas e, se não trabalhada desde cedo de forma divertida, pode ser a causa de grande parte de repetentes no futuro. Através das obras pesquisadas, buscou-se direcionar que os alunos desenvolverão melhor os conceitos matemáticos através do lúdico, e desta forma serão melhores preparados para os estudos futuros. 


 As brincadeiras, para o aprendizado da Matemática, devem ser dirigidas e com finalidades, desenvolvendo assim capacidades importantes como: a memorização, a imaginação, a noção de espaço, a percepção e a atenção.
Para que o resultado seja positivo o professor deve estar preparado e abusar da criatividade proporcionando prazer em aprender aos alunos.

Palavras chave: ensino infantil, matemática, lúdico.

1. INTRODUÇÃO
É considerável o número de alunos que enfrentam problemas nas disciplinas da Matemática. Isso ocasiona um elevado índice de repetência futuramente.
A Matemática faz-se presente em diversas atividades realizadas pelas crianças e oferece aos homens, em geral, várias situações que possibilitam o desenvolvimento do raciocínio lógico, da criatividade e a capacidade de resolver problemas.
Entre os vários objetivos da Matemática, encontramos o de ensinar a resolver problemas; e as situações de jogos representam uma boa situação – problema, o que potencializa as capacidades para compreensão e explicação dos fatos e conceitos da Matemática.
O lúdico no ensino da matemática, na Educação Infantil, além de dinâmico, faz com que os alunos sintam maior prazer em aprender, pois eles se identificam bastante com as brincadeiras e jogos. 

O primeiro contato com o lúdico faz com que os alunos participem ativamente das aulas.
 Na fase da Educação infantil, a criança ainda está desenvolvendo a capacidade de atenção, pois eles dispersam com muita facilidade e as brincadeiras ajudam nesse processo, pois as crianças sentem-se atraídas pela atividade voltada para seu mundo.
Segundo Zatz Halaban (2006); brincar é essencial para a criança, pois é deste modo que ela descobre o mundo à sua volta e aprende a interagir com ele. O lúdico está sempre presente, o que quer que a criança esteja fazendo.
A utilização dos jogos na atividades, ajudam a desenvolver o interesse de cada um tornando-os capazes de compreender com clareza as atividades e trabalhos aplicados na escola, deixando de existir diferenças entre alunos em relação ao aprendizado. Todos têm a capacidade de aprender, de uma maneira totalmente interessante para sua idade.
Segundo Kishimoto (1998) o jogo não pode ser visto apenas como divertimento ou brincadeira para gastar energia, pois ele favorece o desenvolvimento físico, cognitivo, afetivo, social e moral.
Além de um bom aprendizado, o lúdico proporciona um ótimo relacionamento entre professor/aluno/aprendizagem, pois um depende do outro.
O brincar para as crianças não deve ter espírito de competição, mas sim o prazer de descobrir e aprender.

A importância dos jogos no ensino da Matemática vem sendo debatida há algum tempo, sendo bastante questionado se as crianças realmente aprendem brincando. Por isso, ao optar por trabalhar a Matemática por meio dos jogos, o professor deve em conta a importância da definição dos conteúdos e das habilidades presentes nas brincadeiras e o planejamento de sua ação com o objetivo de o jogo não se tornar mero lazer.
Portanto, os professores devem estar preparados para essa forma de ensino, tornando as aulas produtivas, com brincadeiras dirigidas.

A capacidade lúdica do professor é um processo que precisa ser pacientemente trabalhada. Ela não é imediatamente alcançada. O professor que, não gostando de brincar, esforça-se por fazê-lo, normalmente assume postura artificial facilmente identificada pelos alunos. (KISHIMOTO, 1998, p. 122)

O lúdico é válido para uma boa aprendizagem da Matemática; os jogos contribuem para um trabalho de formação e atitudes, como enfrentar desafios, buscar soluções, desenvolver críticas, criação de estratégias e da possibilidade de alterá-las quando o resultado não for satisfatório.
A educação lúdica é uma ação essencial para a criança. A utilização das brincadeiras refletirá em todos os segmentos da vida, por exemplo:
Uma criança que brinca com bolinha de gude ou de boneca com seu colega, não está simplesmente brincando ou se divertindo, está desenvolvendo inúmeras funções cognitivas e sociais.
A prática do ensino lúdico exige a participação franca, criativa, livre, crítica, promovendo a interação social e tendo em vista o forte compromisso de transformação e codificação do meio.

2. A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO NA MATEMÁTICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Um assunto muito discutido ultimamente são as atividades lúdicas e suas finalidades na Educação Infantil. Conduzir a criança à busca e ao domínio de um conhecimento mais abstrato, misturar habilmente uma parcela de esforço e uma boa dose de brincadeira, transformaria o aprendizado num jogo bem-sucedido.
O lúdico proporciona sensação de prazer e bem estar. Kishimoto (1994) afirma que o jogo é importante para o desenvolvimento infantil, porque propicia a descontração, a aquisição de regras, a expressão do imaginário e a apropriação do conhecimento.

Podemos dizer que o jogo serve como meio de exploração e invenção, reduz a conseqüência os erros e dos fracassos da criança, permitindo que ela desenvolva sua iniciativa, sua autoconfiança, sua autonomia. No fundo, o jogo é uma atividade séria que não tem conseqüência frustrante para a criança. (SMOLE, 1996, p. 138)

O aprendizado lúdico desenvolve a confiança, fazendo com que a criança participe ativamente de cada atividade sem ter medo de errar.
Desta forma cria-se um ambiente para o trabalho em grupo, em que as crianças aprendem a compartilhar, dividir e ajudar o próximo em qualquer situação.
Segundo Kishimoto (1994), o jogo estimula a exploração e a solução de problemas e, por ser livre de pressões cria um clima adequado para a investigação e a busca de soluções.
O jogo pode ser trabalhado individualmente, em duplas ou em grupos, mas deve ser algo em que crie um espaço de confiança e criatividade para ser desenvolvido de maneira agradável e espontânea.

Por essas características é que se pode afirmar que o jogo propicia situações que, podendo ser comparadas a problemas, exigem soluções vivas, originais, rápidas. Nesse processo, o planejamento, a busca por melhores jogadas e a utilização de conhecimentos adquiridos anteriormente propiciam a aquisição de novas idéias, novos conhecimentos [...] (SMOLE, 1996, p. 138)

Os jogos trazem situações de problemas onde cada indivíduo deve encontrar o caminho correto para chegar ao final, com isso, a criança aprende a desenvolver diferentes estratégias a partir de cada desafio criado nos jogos.

2.1 O Brincar
O que é o brincar? O brincar nada mais é que fingir uma situação real, encenar, exercer o papel de alguém que tem desejo.
Cada criança, em suas brincadeiras, se comporta como um poeta, enquanto cria seu próprio mundo, isto é, enquanto transpõe os elementos formadores de seu mundo para uma nova ordem, mais agradável e conveniente para ela.
Sendo assim, a criança consegue fugir da realidade a partir do brincar.
A imaginação é um processo psicológico novo para cada criança o que representa uma forma especificamente humana de atividade consciente, que não está presente na consciência das crianças muito pequenas; tal imaginação surge primeiro em forma de jogo.
Mas, o que muitos não percebem é que é brincando que todos exploram uma variedade de experiência no decorrer de cada situação, no entanto a criança brinca de acordo com sua realidade, as vivencias de cada dia.
Para muitos fora do processo de educação, o brincar é simplesmente uma forma de acalmar a criança, deixando-a livre para fazer o que quiser. Mas o brincar na escola tem o objetivo de proporcionar o desenvolvimento da aprendizagem.
Ainda hoje, muitos professores acreditam que o brincar se resume em brincadeiras que trabalhem a coordenação motora, como o correr, pular arremessar.
O que muitos precisam entender é que o brincar é um meio real de desenvolvimento a aprendizagem para toda vida. Por meio do brincar a criança será capaz de aumentar e enriquecer a sua aprendizagem.
Na educação, o brincar permite também que os professores aprendam a conhecer as crianças e suas necessidades. Isso significa que os professores serão capazes de compreender as necessidades gerais e individuais dos alunos assim, todos terão uma aprendizagem mais dinâmica e prazerosa, criando um ambiente agradável para estimulação do raciocínio lógico, criatividade, imaginação, memorização, socialização e capacidade de estratégia.

2.2 O Jogo
A palavra “jogo” tem vários significados, quando pronunciada é possível que se entenda de várias maneiras. O jogo nada mais é que uma atividade física ou mental que tem valor de formação interagindo na relação social e na interação com os demais indivíduos, proporcionando o respeito, a solidariedade, a cooperação e o valor às regras.
É jogando que a criança mostra as suas vivências. Ela transforma o real de acordo com seus desejos, no entanto, pode-se afirmar que a criança assimila e constrói a partir do jogo.
Segundo Kishimoto (1998), as situações de jogo são consideradas como parte das atividades pedagógicas, porque são elementos estimuladores do desenvolvimento.
Os jogos, para as crianças da Educação Infantil, constituem-se em atividades que trazem grandes benefícios para a aprendizagem, satisfazendo as necessidades do ensino.
Assim como a poesia, os jogos infantis despertam o imaginário, a memória dos tempos passados.

Cada professor deve pesquisar, criar e aplicar os seus jogos, mas sempre estando de acordo com os objetivos do ensino e da aprendizagem.
Então, a criança deve agir junto ao professor, seguindo as regras de cada atividade. Por sua vez, ao professor cabe criar novos jogos e novas regras.

2.3 O Jogo e a Matemática
Desde tempos atrás, nota-se os problemas do ensino da matemática, onde muitos alunos não se interessam por ela, tornando assim o ensino da matemática cada vez monótono e maçante.
Com o passar do tempo, vários métodos foram sendo colocados em prática.
Desta forma os jogos foram trazidos para a sala de aula, tornando o aprendizado mais lúdico.

Nesta perspectiva, o jogo torna-se conteúdo assumido, com a finalidade de desenvolver habilidades de resolução de problemas, possibilitando ao aluno a oportunidade de estabelecer planos de ação para atingir determinados objetivos [...] (KISHIMOTO, 2000, pp. 80 - 81)

Os jogos, no ensino da matemática, proporcionam a sensação de prazer e bem estar, devolvem o gosto pelos números, deixando a criança livre para se expressar, não tendo medo de errar e expor as suas opiniões.
Para as crianças a serventia dos jogos, no ensino da matemática, se tornou algo mais do que necessário para a aprendizagem, pois é jogando e brincando que todos irão se entender e compreender melhor.

O jogo na educação matemática passa a ter o caráter de material de ensino quando é considerado promotor de aprendizagem, pois é jogando e brincando que todos irão se entender e compreender melhor.

O jogo na educação matemática passa a ter o caráter de material de ensino quando é considerado promotor de aprendizagem. A criança se coloca diante de situações lúdicas, aprende a estrutura lógica da brincadeira e, deste modo, aprende também a estrutura matemática presente.

Os professores não devem esquecer-se de passar aos alunos a importância das regras e, com isso, o jogo só deve começar a partir do momento em que todos os jogadores conseguirem compreender os significados das regras e da cooperação.
Trabalhando o significado das regras pelo jogo, desde a infância, a criança cresce aprendendo o sentido das coisas, compreendendo o que pode e o que não pode, diferenciando o certo do errado.
Além disso, os conceitos matemáticos podem ser trabalhados e construídos de forma prazerosa.

3. O ENSINO DE MATEMÁTICA DE ACORDO COM REFERENCIAL CURRICULAR NACIONAL DE EDUCAÇÃO INFANTIL
Na Educação Infantil, a criança tem a capacidade e a possibilidade de absorver conhecimentos que serão levados e lapidados ao longo da vida.
A escola utiliza as vivencias das crianças como ponto de partida e dá continuidade, ampliando seu conhecimento. É nesse período que a criança terá a base de sua educação e o aprendizado da Matemática torna-se essencial.
Quando falamos em Matemática, pensamos logo em quantidades e cálculos, mas ela abrange muito mais que isso.
Desde pequenos estamos inseridos em um mundo onde utilizamos a Matemática de forma informal e natural, seja para contarmos os integrantes da família ou brincarmos com jogos que exijam raciocínio lógico e estratégias.
Segundo o RCNEI (1998), a Matemática ajuda no desenvolvimento de pessoas independentes capazes de argumentar e solucionar problemas.
Desta forma, quanto mais cedo forem trabalhados os conceitos matemáticos melhor será o resultado no futuro, quando os alunos terão que enfrentar a Matemática de forma mais complexa, no Ensino Fundamental e Médio.

(...) a instituição da Educação Infantil pode ajudar as crianças a organizarem melhor as suas informações e estratégias, bem como proporcionar condições para a aquisição de novos conhecimentos matemáticos. O trabalho com noções matemáticas na educação infantil atende, por um lado, às necessidades das próprias crianças de construírem conhecimentos que incidam nos mais variados domínios do pensamento, por outro, corresponde a uma necessidade social de instrumentalizá-las melhor para viver, participar e compreender um mundo que exige diferentes conhecimentos e habilidades. (RCNEI, 1998, p. 209)

Justamente por todos esses benefícios que o aprendizado da Matemática nos proporciona, é que o método utilizado pelos professores vem sendo discutido.
Para alguns alunos que não tiveram a oportunidade de um conhecimento espontâneo e gradual, a Matemática torna-se um trauma em toda sua formação acadêmica.
De acordo com o RCNEI (1998), há um grande equivoco em ensinar Matemática por meio da memorização e repetição, onde a criança apenas decora e não entende realmente a lógica.
Já o trabalho com classificação e seriação é fundamental, para termos capacidade de ordenar, classificar e comparar, desenvolvendo o raciocínio lógico.

A classificação e a seriação têm papel fundamental na construção de conhecimento em qualquer área, não só em Matemática. Quando o sujeito constrói conhecimento sobre conteúdos matemáticos, como sobre tantos outros, as operações de classificação e seriação necessariamente são exercidas e se desenvolvem, sem que haja um esforço didático especial para isso. (RCNEI, 1998, p. 210)

Atualmente, o ensino através do lúdico vem ganhando cada vez mais espaço. O que antes era ensinado de forma repetitiva e sem criatividade, hoje já está sendo substituído por jogos e brincadeiras divertidas e educativas.
Nada mais propício e eficaz em se falando de Educação Infantil, pois a criança em contato com jogos e brinquedos sente-se em seu mundo, estimulando seu interesse e atenção de forma prazerosa.

Utilizar o jogo na Educação Infantil significa transportar para o campo de ensino-aprendizagem condições para maximizar a construção do conhecimento, introduzindo as propriedades do lúdico, do prazer, da capacidade de iniciação e ação ativa e motivadora. (RCNEI, 1998, p. 37)

A utilização do lúdico no ensino da Matemática, na educação infantil, aplicada de forma correta, pode favorecer muito a aprendizagem do aluno.
Segundo o RCNEI (1998), o professor não deve confundir que apenas com jogos a criança irá aprender Matemática; as brincadeiras e atividades lúdicas devem ser muito bem dirigidas e terem alguma finalidade.

Deste modo, as crianças serão incentivadas a acharem soluções, usarem a lógica, a capacidade de estratégia e a tomada de atitudes.

O jogo pode tronar-se uma estratégia didática quando as situações são planejadas e orientadas pelo adulto visando a uma finalidade de aprendizagem, isto é, proporcionar à criança algum tipo de conhecimento, alguma relação ou atitude. Para que isso ocorra, é necessário haver umza intencionalidade educativa, o que implica planejamento e previsão de etapas pelo professor, para alcançar objetivos predeterminados e extrair do jogo atividades que lhe serão decorrentes. (RCNEI, 1998, p.212)

De acordo com este documento, o ensino de matemática tem como objetivo:
  • O desenvolvimento de situações envolvendo matemática no nosso dia-a-dia,
  • O conhecimento dos números,
  • O saber contar,
  • Noções de espaço físico, medidas e formas,
  • A estimulação da autoconfiança da criança ao se deparar comproblemas e desafios.
Segundo o RCNEI (1998), os conteúdos de Matemática devem ser selecionados, levando em conta os conhecimentos que as crianças possuem ampliando-os cada vez mais.
Na fase de 0 a 3 anos, a criança está naturalmente inserida no mundo da Matemática, é nessa idade que a criança desenvolve a noção espacial, a capacidade de estratégia e raciocínio lógico, ao engatinharem e andarem pelos lugares.

Os jogos de encaixe, brincadeiras de faz-de-conta, painéis com datas de aniversários e medidas (peso, tamanho, etc.) também são excelentes opções de atividades para o professor estar trabalhando com as crianças. A música é essencial nessa fase, pois desenvolve o ritmo, memorização e sequência através das letras, além de trabalhar a expressão corporal.
Na fase dos 4 aos 6 anos, o RCNEI (1998) divide os conteúdos em três blocos: “Números e Sistema de Numeração”, “Grandezas e Medidas” e “Espaço e Formas”.
Esses três blocos devem ser trabalhados de forma integrada. Vejamos cada um deles.

3.1 Números e Sistema de Numeração
Este bloco de conteúdos envolve contagem, notação e escrita numérica e as operações matemáticas (RCNEI, 1998).
Considera-se que a criança deve saber lidar com os números, contagem e terem capacidade de resolverem problemas utilizando as operações matemáticas.
De acordo com o RCNI (1998), isso pode ser trabalhado através de contagem oral nas brincadeiras, jogos de esconder ou de pega-pega, brincadeiras e músicas que explodem os números e diferentes formas de contar.

3.2 Grandezas e Meduidas
A compreensão dos números, bem como de muitas das noções relativas ao espaço e às formas, é possível graças às medidas.
É através das grandezas e medidas que a criança compreenderá muitos conceitos matemáticos. Elas estão presentes o tempo todo no dia-a-dia das crianças, pois aprendem qual brinquedo é mais leve e qual é o mais pesado, qual objeto está perto e qual está longe, sabem quando um copo está cheio ou não, entre outras coisas.
O professor pode propor atividades criativas para trabalhar com esses dois conceitos, explorando e ampliando o conhecimento dos alunos.

Podem ser trabalhados alimentos quentes e frios, desenvolvendo a noção de temperatura; trabalhar medindo a sala e os amigos, proporcionando o desenvolvimento da capacidade de observação, comparação sensorial e comparação entre dois objetos ou pessoas; trabalhar com calendários e datas comemorativas como: aniversários, Natal, dia das mães/pais, etc.

3.3 Espaço e Forma
De acordo com (RCNEI, 1998) trabalhar com espaço e forma possibilita que os alunos explorem e identifiquem objetos e figuras, tipos de contornos, identificação de ponto de referencia, etc.
O desenho é uma atividade rica nesses dois conceitos, pois as crianças podem representar a realidade no papel utilizando diferentes materiais (massa de modelar, areia, argila, etc).
Outra atividade importante para esse desenvolvimento é a construção de maquetes

As crianças exploram o espaço ao seu redor e, progressivamente, por meio da percepção e da maior coordenação de movimentos, descobrem profundidades, analisam objetos, formas, dimensões, organizam mentalmente seus deslocamentos. Aos poucos, também antecipam seus deslocamentos podendo representá-los por meio de desenhos, estabelecendo relações de contorno e vizinhança. Uma rica experiência nesse campo possibilita a construção de sistemas de referências mentais mais amplos que permitem às crianças estreitarem a relação entre o observado e representado. (RCNEI, 1998, p.230)

É através da curiosidade que as crianças vão explorando o mundo e descobrindo cada vez mais sobre ele, criando conceitos através de jogos e atividades e relacionando-os com a realidade.

O professor deve estar ciente que considerar o que o aluno já sabe, e aprofundar seus conhecimentos é a maneira mais adequada de desenvolver e estimular o aluno a sempre querer saber mais.
Brincar é essencial para acriança, pois é deste modo que ela descobre o mundo à sua volta e aprende a interagir com ele. O lúdico está sempre presente, o que quer que a criança esteja fazendo (Zatz; Zatz; Halaban 2006, p.13)
É fundamental que o professor tenha a sensibilidade de enxergar seu aluno como realmente ele é: uma criança.
Portanto, é preciso se envolver no seu mundo, abusar da imaginação e fantasias e desenvolver atividades lúdicas tornando o aprendizado natural como o brincar.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este artigo buscou mostrar ao leitor que o aprendizado na Educação Infantil torna-se essencial.
É nesta fase que as crianças desenvolverão conceitos importantes dos quais utilizarão ao longo da vida.
A Matemática é uma ciência que nos acompanha desde cedo. Ainda pequenos aprendemos a contar nossa idade, familiares, memorizar regras de jogos, entre outras coisas.
O lúdico exerce um papel fundamental e merece atenção dos professores que trabalham com Educação Infantil.

Através das brincadeiras a criança descobre muito dos outros e de si mesma, desenvolvendo sua socialização, memorização, imaginação, noção de tempo/espaço, criatividade, raciocínio lógico, além de aspectos afetivos e emocionais.
Com as brincadeiras a criança compreende melhor sua realidade e a explora dando – lhe significados.
O professor deve estar consciente de que os jogos e brincadeiras utilizados devem ser bem elaborados e dirigidos, com finalidades pedagógicas.
O RCNEI defende a ideia de que o aprendizado da Matemática ajuda na formação dos seres independentes e com facilidade para se expressarem, sendo capazes de solucionar seus problemas e obstáculos. Deixa claro também que ensinar Matemática por meio da memorização e repetição é um erro, pois os alunos não entendem a lógica e apenas decoram.

A melhor opção é trabalhar com seriação e classificação que desenvolve capacidade de ordenar, classificar e comparar, desenvolvendo o raciocínio lógico.
Trabalhar com o que é orientado pelo Referencial através do lúdico é a forma mais interessante e dinâmica para o desenvolvimento do raciocínio lógico, memorização, capacidade de estratégia e, desta forma, formar alunos expressivos e capazes de argumentar.


 Valdivino Sousa é Professor, Matemático, Pedagogo, Contador, Bacharel em Direito e Escritor. Pesquisador sobre Engenharia Didática em Educação Matemática; Modelagem; Construção do Conhecimento em Matemática; Modelos Matemáticos e suas Aplicações. Seu trabalho é reconhecido com Medalha de Mérito como docente pelo Instituto Matematics. É Professor nos cursos de Matemática, Ciências Contábeis, Administração e Engenharia. Dedica-se também a área contábil, com mais de 20 anos de experiência e desde 2005 é Contador responsável da Alves Contabilidade e Consultoria Tributária. Atuante nas seguintes áreas: Tributária, Contábil e das Entidades sem fins Lucrativos. Autor de mais de 10 (dez) livros e têm vários artigos publicados em revistas e jornais especializados nos assuntos de Legislação tributária e contábil. Semanalmente escreve para o portal D.Dez, Jornal da Cidade e Folha Online. Sobre: Educação Matemática, Desenvolvimento da Aprendizagem e Comportamento Site: www.valdivinosousa.mat.br E-Mail: valdivinosousa.mat@gmail.com Cel Whatsap 11- 9.9608-3728



REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. RCNEI – Referencial Curricular Nacional da Educação Infantil – Brasil:1998.
HALABAN, Sérgio; ZATZ, André e ZATZ, Sílva. Brinca Comigo! Editora Marco Zero: 2006
KISHIMOTO, Tizuco Morchida. Jogo, brinquedo, brincadeiras e a educação. 4ª Ed. São Paulo, Editora Cortez: 2000.
SMOLE, Kátia Cristina Stocco. A Matemática na Educação Infantil. A teoria das inteligências múltiplas na prática escolar. Porto Alegre, Editora Artes Médicas: 1996.

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