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15.9.23

15.9.23

UFJF é a primeira de Minas com Doutorado em Educação Matemática

Com a aprovação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
UFJF é a primeira de Minas com Doutorado em Educação Matemática

Com a aprovação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) conta com um curso pioneiro em Minas Gerais: o Doutorado Profissional em Educação Matemática, uma iniciativa que representa um marco tanto para a Universidade quanto para o estado.

O novo programa é uma extensão do Mestrado Profissional em Educação Matemática, que desempenha um papel fundamental na capacitação de docentes da Educação Básica desde 2009. “O Doutorado é uma grande oportunidade para alavancar a pesquisa voltada para sala de aula. O foco está na formação de professores pesquisadores”, destaca o coordenador do Programa de Pós-Graduação em Educação Matemática, Willian José da Cruz.

A pró-reitora de Pós-Graduação e Pesquisa (Propp), Priscila de Faria Pinto, declara que, “com a conquista do curso de doutorado, o Programa de Pós-Graduação poderá se fazer mais presente ainda na formação destes professores, oferecendo uma continuidade dos estudos e atuando colaborativamente na transformação do ensino de Matemática da região”.

Na última avaliação quadrienal da Capes, foram registradas 4.641 matrículas de professores da educação básica, 4.317 egressos nessa categoria e, dentre esses, 2.346 que desempenham funções técnicas ou são servidores de secretarias municipais e estaduais de educação em programas da área de ensino, nas modalidades profissional e acadêmica. Além disso, 2.146 produtos educacionais foram elaborados em conjunto entre professores, discentes e mestrandos e estão em uso nas salas de aula, o que reforça, para a coordenadora adjunta da Área Profissional da Capes Giselle Rôças, a importância da área de ensino: na formação de professores, na elaboração de recursos e materiais didáticos e, principalmente, com a capilaridade da área.

O professor Amarildo Melchiades da Silva contribuiu ativamente para o planejamento e o sucesso dos trabalhos realizados no programa ao longo dos anos, e se emociona com o sentimento de “atingir a finalidade orientada por nossos objetivos”. Ele também frisa a porta que se abre na Universidade e, sobretudo, o pioneirismo no cenário. “Estamos felizes e animados em saber que agora os mestres em Educação Matemática podem seguir no Programa e fazer o doutorado com a gente. Em Minas Gerais existe um público bem significativo de mestres na área de Ensino que podem fazer agora o doutorado no estado.”

A felicidade de Silva é compartilhada também pelos egressos do Programa de Mestrado, como Arthur da Silva Moraes, que se empolga com a possibilidade de continuar a pesquisa na instituição. “Sou do Rio e, mesmo tendo vários cursos de Doutorado no estado, minha maior expectativa era a abertura do Doutorado em Educação Matemática da UFJF. Isso se dá pela ótima experiência durante o Mestrado de forma geral: Coordenação, Docentes e Discentes”.

UFJF e Colégio João XXIII: parceria para formação de professores

Para a concepção do programa, foi realizada uma parceria com o Colégio de Aplicação João XXIII, onde o curso será alocado. O diretor Eloi Teixeira César considera importante a integração entre a pesquisa e o ensino no local, pois “o Colégio tem também o papel da formação continuada de professores, de forma que o doutorado em educação matemática possibilitará o aperfeiçoamento na formação dos professores desta área.”

O docente também ressalta a possibilidade de desenvolvimento e aplicação de novas técnicas educacionais. A consolidação do primeiro curso de pós-graduação stricto sensu no Colégio “demonstra a qualidade do corpo docente, e ainda insere a escola na atuação na formação de profissionais pós-graduados, que vem em constante ampliação em toda a UFJF”, pontua César.

Fonte: UFJF Notícias


15.9.23

Descobertas na matemática em MS trazem 600 pesquisadores a Congresso Nacional

 

Em sua 42ª edição, o evento é o principal acontecimento de matemática aplicada do ano

Em sua 42ª edição, o evento é o principal acontecimento de matemática aplicada do ano 

 CREDITO: CAMPO GRANDE NEWS


Entre os dias 18 e 22 deste mês, a cidade de Bonito, distante 297 km de Campo Grande, recebe cerca de 600 pesquisadores junto ao Congresso Nacional de Matemática Computacional (CNMac).


Em sua 42ª edição, o Congresso contará com estudiosos e pesquisadores do Paraguai, Colômbia, Honduras e outros países da América Latina. Organizado pela SBmac (Sociedade Brasileira de Matemática Aplicada e Computacional), o evento é o principal acontecimento de matemática aplicada do ano e um dos principais no calendário de ciência e tecnologia de todo o país.


Realizado no Centro de Convenções de Bonito, o evento seria realizado em 2020, entretanto, foi adiado para este ano por conta da pandemia de covid-19.  Nos anos anteriores, o Congresso aconteceu de forma remota e híbrida.


“O evento tem como grande área a matemática ou as aplicações da matemática. A decisão em trazer o Congresso para Mato Grosso do Sul aconteceu sobretudo por conta das pesquisas do setor já desenvolvidas no Estado”, destacou o presidente da SBMac, Pablo Martin Rodriguez. 

Presidente da SBMac, Pablo Martin Rodriguez (Foto: Divulgação/SBMAC ) - CREDITO: CAMPO GRANDE NEWS

De acordo com o diretor, além de uma candidatura prévia, Mato Grosso do Sul chama atenção por um grupo de pesquisadores da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), que já desenvolve pesquisas relevantes na área. 

“A SBMac é a mais antiga organização de matemática aplicada da América Latina, de todo o modo, as pesquisas em desenvolvimento em todo o Brasil são há muito tempo referência dentro da comunidade científica”, destacou Rodriguez, também professor da Universidade Federal do Pernambuco.

Argentino com mais de duas décadas de Brasil, segue no cargo até o fim deste ano, após isso, atuará como conselheiro. “Com toda certeza será um grande evento, pelo número de pesquisadores já confirmados, esperamos muita coisa nova e grande produtividade ao longo de uma semana de evento”, finalizou.

Evento - Realizado desde 1978, o evento serve para divulgar trabalhos em andamento, resultados, e ficar a par da produção científica em desenvolvimento nas principais instituições de ensino do Brasil. A primeira edição do Congresso ocorreu em Belo Horizonte.

Ao longo de toda a semana, serão desenvolvidos minicursos, simpósios, conferências, sessões técnicas de comunicações, além de iniciação científica, exposições e mesas redondas. Também serão premiados trabalhos de Iniciação Científica, dissertações de Mestrado e teses de Doutorado. 






21.8.23

21.8.23

IFPE Olinda inscreve para cursos gratuitos na área de Matemática

São oferecidas 60 vagas distribuídas nos cursos de Matemática Básica e Geometria Analítica
 IFPE Olinda inscreve para cursos gratuitos na área de Matemática

São oferecidas 60 vagas distribuídas nos cursos de Matemática Básica e Geometria Analítica

O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco (IFPE) - Campus Olinda está com inscrições abertas para dois cursos de extensão na área de Matemática. São disponibilizadas um total de 60 vagas, divididas entre os cursos de Matemática Básica e Geometria Analítica.

Confira Edital

O curso de Matemática Básica, voltado para estudantes com Ensino Fundamental completo, oferece 30 vagas. Para aqueles que já possuem Ensino Médio, o curso de Geometria Analítica também disponibiliza 30 vagas. As vagas serão preenchidas por ordem de inscrição.

As inscrições podem ser realizadas até às 17h do dia 25 de agosto de 2023, exclusivamente de forma online, por meio do formulário eletrônico disponível no link: https://forms.gle/PJSkTs4P8zswquDG6. No ato da inscrição, é necessário anexar o comprovante de escolaridade correspondente ao curso desejado.

Ambos os cursos serão ministrados presencialmente. O curso de Matemática Básica terá aulas nas terças-feiras, das 14h às 17h, entre os dias 5 de setembro e 11 de dezembro, nas instalações do IFPE Olinda. As aulas de Geometria Analítica acontecerão às quintas-feiras, no mesmo horário, de 14 de setembro a 21 de dezembro, também no Campus.

A proposta dos cursos de Extensão em Matemática Básica e Geometria Analítica é proporcionar gradualmente aos alunos a compreensão dos fundamentos, aplicações e procedimentos dessas áreas, contribuindo para o desenvolvimento do raciocínio lógico e estimulando a curiosidade. Além disso, busca-se a conexão entre o estudo da matemática e o cotidiano, destacando sua presença em diversas atividades. Os cursos também visam desenvolver habilidades na resolução de situações-problema, por meio da criação e aplicação de técnicas válidas na busca por soluções.

FonteIFPE

21.8.23

Baiano Orlando Neto vence quadro 'Pequenos Gênios' do Domingão

 Jovem de 10 anos integra equipe campeã da atração, a Tridimensionais


Baiano Orlando Neto vence quadro 'Pequenos Gênios' do Domingão

Jovem de 10 anos integra equipe campeã da atração, a Tridimensionais

O baiano Orlando Neto, de 10 anos, se tornou um dos vencedores do quadro 'Pequenos Gênios' do Domingão com Huck no último domingo (20) ao lado da equipe Tridimensionais.

Natural de Feira de Santana, o garoto, foi o primeiro baiano a participar da atração dominical. Orlando se enquadra na categoria de QI elevado, ou seja, acima de 110.

Neto passou por uma avaliação neuropsicológica e o laudo concluiu que o garoto tem um QI de 132 na Escala Wechsler de Inteligência para Crianças, número atribuído aos superdotados.

As habilidades do baiano são nas áreas de conhecimento visuais e espaciais, além de matemática. Em entrevista ao g1 Bahia, a mãe de Orlando, a química Juliana Silva, revelou que a família começou a perceber os primeiros sinais de superdotação aos 3 anos. Aos 4 anos, Orlando já sabia ler.

"No início, os professores me abordavam e diziam que o Orlando fazia perguntas que eles não sabiam responder, além de aprender o conteúdo do dia em apenas 15 minutos", lembrou Juliana.

O interesse por artes e música foi despertado aos 6 anos. Orlando é fã de MPB e Van Gogh, além de admirar as obras de Edgar Degas e Paul Cézanne.

Atualmente, o garoto mora com a família em Ipirá e está em processo seletivo para a Associação Mensa Brasil, entidade que reúne pessoas com altas capacidades intelectuais no país.

O sonho de Orlando é ingressar no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), considerado um dos mais exigentes do país, e se formar programador.

"Ele tem essa questão da inteligência, mas é apenas um menino. Ele gosta muito de estudar e espero que seja uma inspiração para outras crianças baianas", disse a mãe do garoto.

Fonte: Ibahia

18.7.23

18.7.23

'Meu maior sonho era estar aqui', diz estudante que conquistou único ouro do Brasil na maior olimpíada de matemática do mundo

'Meu maior sonho era estar aqui', diz estudante que conquistou único ouro do Brasil na maior olimpíada de matemática do mundo
'Meu maior sonho era estar aqui', diz estudante que conquistou único ouro do Brasil na maior olimpíada de matemática do mundo

Seis estudantes representaram o Brasil na competição internacional que aconteceu no Japão. Cearense Matheus Alencar, de 16 anos, subiu ao ponto mais alto do pódio.


De volta ao Brasil após ganhar uma medalha de ouro na 64ª edição da Olimpíada Internacional de Matemática , o cearense Matheus Alencar de Moraes trouxe consigo do Japão outro prêmio bastante especial: o sentimento genuíno de ter conseguido realizar um sonho de infância.

“Eu sempre estudei muito. Desde criança, eu já sabia que queria passar em olimpíadas de matemática. E o meu maior sonho era estar aqui na IMO [sigla em inglês da olimpíada]. Agora, poder na minha primeira participação representar o Brasil e já conquistar o 1º ouro do Ceará é realizador”, conta o estudante de 16 anos.

A IMO é competição a mais tradicional do gênero do mundo. O evento ocorreu entre os dias 2 e 13 de julho na cidade de Chiba, no arquipélago japonês. Neste ano, o Brasil conquistou uma medalha de ouro, duas de prata e três de bronze.

Das seis medalhas da equipe brasileira, três foram de estudantes do Colégio Farias Brito, de Fortaleza: um ouro, uma prata e um bronze.

Na soma de pontuações, o time Brasil ficou na 16ª posição entre os 112 países representados na disputa de alto nível, o melhor resultado entre países da América do Sul.

"Esta, sem dúvidas, é uma das melhores experiências da minha vida", revela o jovem que trouxe o único ouro do Brasil na IMO de 2023.

"Quando tinha 11 anos, ele bateu o pé e disse que queria muito ir para a IMO botar medo em chinês", brincou a mãe do adolescente, Marcele Alencar.


A dedicação para que o filho obtivesse sucesso por meio dos estudos, inclusive, foi um incentivo solitário de Marcele que ficou viúva quando Matheus ainda era criança.


Olimpíada Internacional de Matemática

Histórico do Brasil no evento


A Olimpíada Internacional de Matemática é a mais antiga, maior e mais prestigiosa de todas as competições do gênero do mundo. Ela foi realizada pela primeira vez em 1959, na Romênia. É uma olimpíada destinada a premiar jovens estudantes do Ensino Médio de mais de 100 países que ainda não entraram numa universidade.


A primeira medalha de ouro do Brasil na disputa foi obtida em 1981. Desde então as equipes brasileiras conquistaram ao todo 158 medalhas, sendo 14 de ouro, 55 de prata, 89 de bronze, além de 35 menções honrosas. Essas conquistas tornam o Brasil o país latino-americano com o melhor retrospecto na história da competição.



Fontehttps://g1.globo.com/ce/ceara/educacao/noticia/2023/07/18/meu-maior-sonho-era-estar-aqui-diz-estudante-que-conquistou-unico-ouro-do-brasil-na-maior-olimpiada-de-matematica-do-mundo.ghtml




18.7.23

Matemática: você sabe fazer contas?

       Usar a calculadora para facilitar a busca por resultados numéricos tornou-se algo tão comum nos dias de hoje que o nosso senso numérico está cada vez mais enferrujado. Além disso, a afinidade com a disciplina de matemática

               Matemática: você sabe fazer contas?

Entenda a importância de saber lidar com os números
Usar a calculadora para facilitar a busca por resultados numéricos tornou-se algo tão comum nos dias de hoje que o nosso senso numérico está cada vez mais enferrujado. Além disso, a afinidade com a disciplina de matemática não é muito comum entre os estudantes brasileiros, é o que revela os dados divulgados recentemente pelo Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb).  Em 2017, somente 4,52% dos estudantes do ensino médio alcançaram níveis de aprendizagem classificados como adequados pelo Ministério da Educação (MEC). 

Os dados são preocupantes e nos levar à reflexão sobre a importância de saber lidar com os números, mesmo contando com apoio da tecnologia . E você sabe por quê? 

A numeracia como é chamada a forma de aplicarmos o conhecimento matemático às coisas ao nosso redor, pode ser percebida quando avaliamos nossa conta bancária, quando estamos fazendo compras no supermercado ou até mesmo quando estamos colocando em prática aquela receita de bolo favorito. 

Fazer estimativas de custos, gerenciar seu saldo financeiro, investir em algum negócio, avaliar os descontos em lojas, conferir a conta em um restaurante ou até mesmo receber um simples troco durante uma operação de compra e venda são coisas simples, mas que exigem de você um mínimo de conhecimento matemático. Com os modernos recursos à nossa disposição como os celulares e tablets, por exemplo, estamos deixando de desenvolver habilidades como a de raciocínio, concentração e lógica.

Não só isso! Pesquisas já apontam que essa dificuldade das pessoas de fazerem contas possui uma correlação entre a taxa de desemprego e a baixa produtividade. Você deseja fazer a diferença no mercado de trabalho ou ser multiplicador da ciência matemática? Que tal profissionalizar-se na área? Você pode começar o curso de Matemática com ajuda do Educa Mais Brasil e optar pela formação em licenciatura ou bacharelado em Matemática.

O programa possui bolsas de estudo de até 70% disponíveis para esta área do conhecimento e está com as inscrições abertas ainda para este segundo semestre. Faça sua inscrição gratuita no www.educamaisbrasil.com.br e aproveite a chance de ampliar os conhecimentos.


*Com informações do https://g1.globo.com e http://portal.inep.gov.br




18.6.23

18.6.23

Como pensamento computacional e pensamento matemático se relacionam?

Em uma sociedade tecnológica, com diversas plataformas que usamos diariamente baseadas em algoritmos, tornou-se comum pensar que a matemática e a computação estão diretamente conectadas. Mas qual é, de fato, a relação existente entre pensamento matemático e pensamento computacional?

 Em uma sociedade tecnológica, com diversas plataformas que usamos diariamente baseadas em algoritmos, tornou-se comum pensar que a matemática e a computação estão diretamente conectadas. Mas qual é, de fato, a relação existente entre pensamento matemático e pensamento computacional?

De acordo com as pesquisadoras Lucy Rycraft-Smith e Cornelia Connolly, da Universidade de Cambridge, o primeiro envolve a aplicação de habilidades para resolver problemas matemáticos, enquanto o segundo é uma abordagem para resolver problemas que poderia ser implementada em um computador. Em comparação com o pensamento matemático, o pensamento computacional é uma área relativamente nova de pesquisa.

Ambos os pensamentos são processos inter-relacionados e complexos. Por isso, compartilhar informações sobre eles ajuda os estudantes a enxergar essas conexões. “O pensamento computacional está ligado ao desenvolvimento do raciocínio lógico”, aponta Mônica Mandaji, presidente do Instituto Conhecimento para Todos, parceiro da Fundação Telefônica Vivo.

“O estudante pode usar o pensamento computacional na matemática, na ciência, na física, na língua portuguesa, pois trata-se de uma forma de pensar, onde vou isolando partes para construir os conceitos. Quando se domina essas relações, a matemática fica muito mais simples, assim como outras disciplinas, porque o estudante consegue trabalhar com pequenos problemas, e não direto com problemas grandes”, afirma Mônica, que também é professora doutora na área de currículo e tecnologia.

 

Pensamento computacional na BNCC

No Brasil, os resultados de avaliações nacionais e internacionais – como o Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) e o Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (PISA) – mostram que boa parte dos estudantes não apresenta o nível básico de proficiência em Matemática. Essas avaliações têm como foco a resolução de problemas, exigindo que os alunos possuam a capacidade de interpretar as situações problema e de definir estratégias para resolução de problemas a partir da utilização de conteúdos matemáticos.

Buscando modificar essa realidade, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), aprovada em dezembro de 2018, prevê o desenvolvimento de um conjunto de competências e habilidades ao longo da Educação Básica brasileira com o propósito de preparar os estudantes para compreender e solucionar problemas em situações cotidianas. Nesse sentido, na área da Matemática uma das habilidades previstas é o desenvolvimento do pensamento computacional desde o ensino fundamental.

“Na BNCC, o pensamento computacional está muito ligado à questão da matemática, mas existe um movimento para que esse pensamento seja utilizado de maneira transdisciplinar – não somente atrelado à matemática, mas às diferentes áreas do conhecimento.

Assim, diversos estudos têm sido conduzidos com o propósito de investigar os benefícios atrelados à integração do pensamento computacional como uma atividade transversal ao currículo das disciplinas desde a Educação Básica. Eles sugerem que a inserção deste modo de pensar contribui para a organização do pensamento e para a resolução de problemas.

 

Pensamento computacional na formação de docentes

Nesse cenário, é fundamental apoiar docentes a aprender mais sobre o pensamento computacional, além de também demonstrar como ele poderia apoiar a aprendizagem numa variedade de contextos.

Segundo Mônica, alguns elementos do pensamento computacional fazem parte da prática pedagógica de professores desde a educação infantil, porém não são nomeados dessa forma. “Por isso, talvez ele não tenha a clareza necessária para dar o próximo passo, mas o passo inicial ele já tem. No Instituto, temos trabalhado muito no processo de mostrar para o professor que ele já faz uso do pensamento computacional e de que forma a BNCC lhes dá novos elementos para aprofundar isso.”

 

O que os conecta?

Tanto pensamento matemático quanto computacional são metodologias de solução de problemas, pois envolvem o reconhecimento de padrões nas estruturas do problema. Eles também envolvem processos como decomposição, algoritmos e modelagem. Ainda têm em comum estratégias heurísticas e comportamentos mais gerais de solução de problemas, como pensamento abstrato e metacognição, tentativa e erro, ambiguidade, flexibilidade e a capacidade de considerar e avaliar múltiplas formas de solução. Por fim, ambos os tipos de pensamento podem ser desenvolvidos em qualquer idade.

 

Impacto nos estudantes e mercado de trabalho

A inserção do pensamento computacional nos currículos tem impacto direto no desenvolvimento do pensamento matemático dos estudantes desde os primeiros anos escolares. “A criança, principalmente nos anos iniciais, aprende brincando, de forma lúdica. Isso acaba sendo legal para o aprendizado da matemática”, reflete Mônica. “Então, o cérebro se acostuma a pensar desta forma, e esses estudantes terão um aproveitamento muito melhor ao avançarem em seu desenvolvimento.”

Também é necessário lembrar que um estudo, apoiado pela Fundação Telefônica Vivo, mostrou que 98% dos jovens brasileiros que estão hoje no ensino médio das redes públicas querem uma escola que os prepare para o mercado de trabalho, enquanto 92% esperam que ela os ajude a escolher em quais áreas pretendem aprofundar seus estudos. E as profissões ligadas ao setor de Tecnologia da Informação (TI) estão cada vez mais presentes no mercado de trabalho.

“A cada dia que passa, novas profissões vão exigir cada vez mais esse raciocínio lógico, envolvendo pensamento matemático e computacional aplicados em conjunto para a resolução de problemas”, finaliza Mônica.