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9.7.24

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Curso da USP prepara estudantes para Olimpíadas de Matemática; veja como se inscrever

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USP está com inscrições abertas até 26 de julho para um curso gratuito de matemática voltado para competições. As aulas serão aos sábados a partir de agosto e são destinadas a estudantes do Ensino Médio.

Curso da USP prepara estudantes para Olimpíadas de Matemática; veja como se inscrever


O Instituto de Matemática e Estatística (IME) da USP abriu inscrições para um curso preparatório para as Olimpíadas de Matemática. O curso é destinado a estudantes do Ensino Médio e visa aprofundar o conhecimento em matemática para competições como a Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP) e a Olimpíada Brasileira de Matemática (OBM). As inscrições vão até o dia 26 de julho e o curso é gratuito.


Os professores Cristina Cerri e Lucas Colucci do IME coordenarão o programa. As aulas acontecerão aos sábados, das 8h30 às 12h30, nos dias 17 e 31 de agosto, 14 e 28 de setembro, 19 e 26 de outubro, 9 e 23 de novembro. A carga horária total do curso é de 32 horas, e todas as aulas serão presenciais, realizadas no IME, no campus da USP na capital paulista.

Além de preparar os estudantes para as competições, o curso também busca incentivar professores do Ensino Fundamental II e Médio a criarem grupos de estudo em suas escolas, fortalecendo o ensino da matemática desde cedo. O conteúdo abordado no curso inclui tópicos não convencionais e técnicas específicas para resolução de problemas típicos dessas competições.

Os interessados devem se inscrever através de um formulário online disponível no site da USP. O programa é uma excelente oportunidade para os alunos que desejam se destacar em competições nacionais e internacionais de matemática, aprimorando suas habilidades e conhecimentos na disciplina.

Para mais informações, os interessados podem acessar o programa do curso no site da USP. Esta iniciativa do IME é uma forma de incentivar o desenvolvimento acadêmico e promover o interesse pela matemática entre os jovens.

O curso, além de ser uma preparação para as olimpíadas, visa contribuir para a formação de uma base sólida em matemática, essencial para diversas áreas do conhecimento. A participação nas olimpíadas pode abrir portas para oportunidades acadêmicas e profissionais futuras.

As aulas acontecerão no IME, localizado na Rua do Matão, 1.010, Bloco B, no bairro do Butantã, zona oeste de São Paulo. Não perca a chance de se inscrever e participar desta iniciativa que pode transformar o futuro dos estudantes interessados em matemática.

FonteGoverno-SP.


9.7.24

Estudante do IFPE ganha medalha de ouro na 6ª Olimpíada de Matemática das Instituições Federais

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Foto: Crédito IFPE 

 Estudante do IFPE ganha medalha de ouro na 6ª Olimpíada de Matemática das Instituições Federais

Davi Bezerra, do Campus Pesqueira, ficou entre os 12 primeiros na disputa. Delegação do IFPE também conquistou uma medalha de bronze e duas menções honrosas


O estudante do 7º período de Eletrotécnica do IFPE Pesqueira, Davi Bezerra Leal Guimarães, foi um dos doze medalhistas de ouro da sexta edição da Olimpíada de Matemática das Instituições Federais – OMIF 2023, realizada entre 24 e 26 de maio no Campus Cuiabá do Instituto Federal do Mato Grosso (IFMT). Além do ouro de Davi, outros discentes do IFPE também foram premiados nesta 6ª edição da OMIF. O estudante Mickael Eleakim, do IFPE-Afogados da Ingazeira, ganhou medalha de bronze, a estudante Iasmim Lopes, do Campus Caruaru, conquistou menção honrosa e o estudante Efraim Negreiros, do Campus Jaboatão, também recebeu menção honrosa.


A OMIF, olimpíada de matemática da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica, é realizada anualmente e conta com a participação de estudantes de todos os Institutos Federais do Brasil mais o Cefet-MG; o Cefet-RJ; o Colégio Pedro II, também do Rio de Janeiro; a Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) e as escolas técnicas vinculadas às universidades federais. A prova da primeira fase dessa edição (classificatória para a etapa final) havia ocorrido em novembro de 2023.


Com uma excelente performance na etapa final, Davi Bezerra teve mais uma vez os seus conhecimentos em matemática testados em âmbito nacional, já que não foi a primeira nem a segunda vez que o aluno figurou entre os vencedores nesse tipo de competição.

Em dezembro de 2023, Davi foi medalha de ouro na 18ª Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas – OBMEP 2023; e um ano antes, em dezembro de 2022, já havia sido medalha de prata na 17ª edição da mesma OBMEP, além dos outros ótimos resultados obtidos em outras etapas e em olimpíadas regionais.


Na retaguarda, preparando não apenas Davi como outros/as estudantes do Campus Pesqueira para as competições nacionais de matemática, estão os professores Josemar Claudino e Leonardo Moura, que integram um grupo de apoio docente aos estudantes do Campus que se dispõem a encarar os desafios das diversas olimpíadas de conhecimento regionais e nacionais.


A diretora-geral do IFPE Pesqueira, Fabiana Júlia, não escondeu a alegria ao saber sobre a conquista. “Estávamos ávidos para divulgarmos oficialmente essa notícia em nossos canais, mas só agora foi possível, em virtude do processo de greve que paralisou quase todas as atividades da Instituição, ficando apenas os serviços essenciais em funcionamento, mas agora podemos tornar público para o máximo de pessoas essa fabulosa notícia. Nossos parabéns ao aluno Davi Bezerra e à delegação do IFPE como um todo”, festejou a diretora.


A delegação completa do IFPE contou com dois estudantes do Campus Afogados da Ingazeira, dois do Campus Pesqueira, três do Campus Caruaru, e um representante de cada um dos campi Belo Jardim, Garanhuns, Vitória, Paulista, Recife, Cabo, Jaboatão e Palmares.


Na capital mato-grossense, região centro-oeste do país, além de fazerem a prova, a delegação do IFPE participou de uma série de palestras, oficinas e minicursos sempre voltados para a matemática em suas diversas áreas e aplicações.


Fonte: Portal IFPE 



21.4.24

21.4.24

Por que universidades e empresas disputam matemáticos no Brasil

 

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  • Filipe Vilicic
  • Role,De São Paulo para a BBC News Brasil


Quatro anos depois de se formar em matemática aplicada, Fernanda Scovino ainda frequenta a faculdade onde estudou, a Fundação Getúlio Vargas (FGV), mas não como aluna — ela vai agora em busca de novos talentos para suas equipes.

Ela lidera aos 25 anos uma equipe de seis analistas de dados na Prefeitura do Rio de Janeiro, e tem uma ONG, a Base de Dados, que reúne e facilita o acesso a uma série de informações.

“A disputa pelos matemáticos é muito grande", diz Fernanda.

"Quando eu estudava, as empresas promoviam visitas aos seus escritórios, éramos muito abordados por bancos, consultorias, startups e empresas de tecnologia", ela acrescenta.

A professora Maria Soledad Aronna diz que esse tipo de movimento é bem comum.

Ela dá aulas no curso de Ciências de Dados e Inteligência Artificial da FGV desde 2012 e conta que já viu vários ex-alunos voltarem alguns anos depois em cargos de chefia e atrás de estagiários.

A professora conta que as empresas chegam a recrutar estudantes até mesmo do segundo ano, quando eles nem sabem o básico da profissão.

"O índice de empregabilidade dos alunos é 100%, e o crescimento na carreira tem sido aceleradíssimo", diz Aronna.

O mercado está mesmo aquecido para quem domina matemática e em áreas afins — como estatística, ciência de dados, computação e algoritmos.

Essas pessoas são valorizadas porque têm habilidades que vão muito além de fazer cálculos e contas difíceis.

Elas desenvolvem também uma capacidade de pensar problemas de forma abstrata e sair em busca de soluções.

Mas o número de pessoas que formam nestas áreas no Brasil não parece estar dando conta da demanda.

A Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação, um setor onde vão trabalhar muitos destes profissionais, calcula, por exemplo, que são criadas quase 160 mil novas vagas por ano.

Mas só se formam a cada ano 53 mil com as habilidades que as empresas buscam, pelas contas da associação — ou seja, há em torno de três vagas para cada novo profissional.

O salário gira na casa de R$ 6 mil por mês, quase quatro vezes a média nacional, de R$ 1,6 mil.

Mas há empregos no mercado que pagam o dobro, triplo ou mais para profissionais mais experientes e qualificados.

"A era dos matemáticos chegou", cravou Keith McNulty, diretor global de ciências, tecnologia e digital da consultoria McKinsey & Company, em um post na rede social LinkedIn em outubro do ano passado.

McNulty explica à BBC News Brasil que a procura começou a aumentar nos últimos dez anos graças a popularização de novas tecnologias.

“Multiplicaram-se as oportunidades para matemáticos”, diz McNulty.

“Muitas empresas e organizações passaram a trabalhar com grandes quantidades de dados, sendo que antes costumavam se restringir a pequenas planilhas."

‘Achei que era golpe’

Essa alta demanda por profissionais da matemática e áreas correlatas produz um efeito em cascata em que as universidades saem à caça de jovens promissores nas salas de aula das escolas.

"Quando recebi o e-mail, não acreditei. Achei que era golpe", diz Paula Eduarda de Lima, de 18 anos, que recebeu um convite da FGV para participar de uma preparação para o vestibular.

Caso fosse aprovada, ela tinha a garantia de que receberia uma ajuda financeira para se mudar de Jaboti, no interior do Paraná, para estudar sobre ciência de dados e inteligência artificial no Rio.

Ela não foi o único caso. A FGV tem oferecido uma série de benefícios a estudantes de todo o Brasil que sejam medalhistas da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP).

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Paula Eduarda havia chamado a atenção ao ganhar a prata em 2021. Por dois anos seguidos, ela também foi ouro na Olimpíada Brasileira de Astronomia (OBA).

Filha de pequenos agricultores, Paula Eduarda aceitou o convite. Hoje, está no segundo ano do curso.

"Moro com os outros bolsistas em um hotel e recebo R$ 2,4 mil por mês de apoio", conta a estudante, que vê na matemática uma forma de "crescer na vida".

No futuro, ela diz se vê trabalhando com análise de dados em uma grande empresa ou como pesquisadora em uma universidade.

Como a matemática movimenta a economia

Os rendimentos de empregos ligados à Matemática compõem 4,6% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, segundo um estudo do instituto Itaú Social feito em parceria com o Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa).

De acordo com o estudo, homem e pessoas brancas ocupam a maioria dos empregos intensivos em matemática, com participação de 69% e 62%, respectivamente, embora sejam minoria na população em geral, com uma representação de 48,5% e 43,5% entre os brasileiros como um todo.

Divulgado no final do ano passado, esse foi o primeiro levantamento feito para estimar como estas profissões movimentam a economia do país.

Em outros países essa participação é ainda maior, diz Marcelo Viana, presidente do Impa.

Na Inglaterra, 15% do PIB é representado pela matemática e suas aplicações, aponta Viana. Na França, são 18%.

“Algoritmos, a ciência de dados e campos relacionados progridem rapidamente por serem cada vez mais presentes no dia a dia, nos produtos e softwares que usamos, com grande peso na economia", explica Viana.

Nos Estados Unidos, o governo estima que o número de vagas para matemáticos e estatísticos no mercado vai crescer 30% entre 2022 e 2032.

A média salarial está hoje na faixa dos US$ 100 mil por ano (quase R$ 500 mil) — aproximadamente o dobro do ganho médio de um americano.

Um profissional da área tem, em geral, mestrado em matemática ou estatística, segundo o levantamento do governo americano, mas algumas vagas aceitam apenas diploma em graduação.

É uma realidade bem diferente do que a que Keith McNulty, diretor da McKinsey, encontrou no passado.

"Quando me formei no doutorado, há 25 anos, saí perdido porque, naquela época, a única opção para matemáticos parecia ser ir para o meio acadêmico, algo que eu não achava gratificante", comenta McNulty.

Quanto ganha um matemático no Brasil?

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O levantamento do Itaú Social e do Impa apontou que, no Brasil, os salários mais baixos são justamente os de professores de matemática do ensino fundamental, em torno de R$ 2,5 mil.

Já as vagas nas áreas de pesquisa e engenharia giram em torno de R$ 8,3 mil por mês.

Os executivos em empresas públicas, categoria com o maior salário médio do estudo, recebem cerca de R$ 14,4 mil reais.

Os salários no mercado privado podem ir ainda mais além. Uma empresa de inteligência artificial de São Paulo, por exemplo, paga entre R$ 15 mil e R$ 20 mil para profissionais mais experientes, com doutorado e alguma experiência corporativa, segundo apurou a reportagem.

Mas, de acordo com um executivo da empresa, esses valores ainda assim ficam “abaixo da média” do setor, e é preciso sinalizar que isso será compensado por futuros bônus e opções de ações para conseguir recrutar os melhores.

Isso ajuda a entender porque a grande maioria dos colegas de Fernanda Escovino que também estudaram matemática trabalham na área de dados de grandes empresas e do mercado financeiro.

“São pouquíssimos os que viram professores e pesquisadores", diz ela.

Ela conta que, antes de entrar na faculdade, pensava cursar engenharia "justamente pelo preconceito que se tem de achar que a única opção para matemáticos é se tornar professor".

Mas Fernanda diz que se apaixonou pela matemática depois de assistir a uma aula na faculdade.

"O ponto de vista da matemática ensina sobre um tipo de raciocínio lógico que é importante em muitas carreiras, ainda mais nos dias atuais, com a popularidade da ciência de dados", diz Fernanda, que é diretora de dados e inovação.

"As pessoas ao redor estranham, mas os cargos nos quais estão os matemáticos têm títulos que para alguns não lembram a nossa disciplina."

Os gargalos para o Brasil se tornar potência da Matemática

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Se por um lado as novas profissões viraram um chamariz para a matemática, isso virou um problema para a formação de novos professores.

Os baixos salários pagos para quem dá expediente na sala de aula faz com que menos matemáticos procurem a licenciatura, diz Marcelo Viana, do Impa.

Isso cria um gargalo importante no Brasil e em outros países.

Em 2022, o matemático Christophe Besse, presidente do Centro Nacional de Pesquisa Científica (CNRS, na sigla em francês), apontou para uma tendência paralela.

"Há uma diminuição no número de professores e pesquisadores e, assim, uma menor capacidade de ensino", alertou Besse.

Outro problema, diz Viana, é que o Brasil "não tem acompanhado a demanda" na formação dos estudantes.

Uma evidência disso, aponta o presidente do Impa, são os resultados do Pisa, a principal avaliação de educação básica no mundo.

Enquanto os 38 países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), apelidada de "clube dos ricos", tem em média 31% dos alunos com baixo desempenho em matemática, o índice é de 73% no Brasil.

Isso quer dizer que sete em cada dez jovens do país não conseguem fazer os cálculos mais simples.

"Se considerar aqueles que alcançaram um nível mínimo de conhecimento para ambicionar ingressar em profissões que exigem o domínio da Matemática, aí a porcentagem é ínfima, de 4%", diz Viana.

"O Brasil tem uma carência enorme, por consequência de problemas estruturais de nosso ensino, que inclusive faz com que a matemática seja vista como um bicho-papão pelos estudantes.”

A bióloga Cristina Caldas, diretora de ciência do Instituto Serrapilheira, dedicado à valorização do conhecimento científico, defende ser preciso mais estímulo público e privado para ampliar a formação na área.

"Iniciativas que mostrem como modelos matemáticos, algoritmos e afins estão por trás de grandes avanços que atendem demandas atuais, como o combate a epidemias e o progresso da computação", diz Caldas.

O Brasil pode com isso se tornar “um país rico em ideias que possam solucionar problemas urgentes da sociedade atual", defende a bióloga.

O Serrapilheira está agora em sua 7ª Chamada Pública de Apoio à Ciência, destinada ao financiamento de pesquisadores nas áreas de ciências naturais, computação e matemática em início de carreira interessados em resolver grandes questões nos campos em que atuam.

Desde 2018, 24 projetos foram aprovados na área da matemática, com um total de investimentos na casa de R$ 7,5 milhões.

Em ciências da computação, foram outros 15 projetos, com investimento de R$ 3,1 milhões.

Keith McNulty, da McKinsey, ressalta, para quem quer ganhar a vida com a Matemática, que o mercado mudou bastante nos últimos 25 anos.

“A diferença agora está na grande quantidade de dados com a qual temos de trabalhar e na complexidade dos problemas matemáticos enfrentados", diz o executivo.

McNulty ressalta, no entanto, que no contexto atual de alta procura pela indústria da tecnologia, não basta ter formação na área.

Por isso, ele aconselha: "Torne-se competente em linguagem de programação, caso queira tirar o melhor de suas habilidades matemáticas em sua futura carreira”.

Fonte: BBC  Por Filipe Vilicic

Link: https://www.bbc.com/portuguese/articles/c04rj7jl4e1o 

  • Role,De São Paulo para a BBC News Brasil




11.4.24

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O legado de Peter Higgs: O Homem por Trás da "Partícula de Deus"

 

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Legenda: Peter Higgs ganhou o Nobel de Física em 2013 por seus trabalhos acerca da "partícula de Deus"
Foto: IAN MACNICOL / AFP


Peter Higgs, renomado físico britânico e autor da teoria do bóson que veio a ser conhecido como o "bóson de Higgs" ou a "partícula de Deus", faleceu aos 94 anos. Sua contribuição para a compreensão da estrutura fundamental da matéria rendeu-lhe o Prêmio Nobel de Física em 2013. Sua partida deixa um vazio na comunidade científica, mas seu legado permanece vivo, inspirando gerações futuras de cientistas.

Um Legado Científico Duradouro


Em 1964, Higgs formulou a teoria do bóson de Higgs, uma peça crucial no modelo-padrão da física de partículas, que atribui massa às partículas elementares. Sua teoria levou décadas para ser comprovada experimentalmente, culminando na identificação do bóson em 2012, no CERN.

Uma Designação Curiosa


A "partícula de Deus", como ficou conhecida, não só pela sua importância teórica, mas também por sua elusividade, é uma peça central na compreensão da matéria em nível fundamental.

Modéstia e Impacto


Apesar de sua notoriedade, Higgs era conhecido por sua modéstia. Sua contribuição não apenas enriqueceu o conhecimento humano, mas também inspirou inúmeros cientistas ao redor do mundo.

Legado e Reconhecimento


Peter Higgs não só recebeu o Nobel, mas também foi honrado com diversos prêmios e reconhecimentos ao longo de sua carreira, demonstrando o impacto duradouro de suas contribuições para a ciência.


A morte de Peter Higgs marca o fim de uma era na física moderna, mas seu legado continuará a iluminar o caminho para novas descobertas e compreensões sobre o universo. Sua vida e obra são uma inspiração para todos os que buscam desvendar os mistérios do cosmos.

Fonte: Diário do Nordeste

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8.4.24

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Jacob Palis Recebe a Medalha Major Eustáquio na Cerimônia de Abertura da EMALCA

 

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Foto - Reprodução 

Homenagem a um Gigante da Matemática

Na emocionante cerimônia de abertura da Escola de Matemática da América Latina e do Caribe (EMALCA), realizada na última segunda-feira (1º), Jacob Palis, renomado pesquisador emérito do IMPA, foi agraciado com a prestigiosa Medalha Major Eustáquio. A honraria foi recebida pela coordenadora de Eventos e Atividades Científicas do IMPA, Suely Lima, em nome de Palis, em um tributo tocante à sua incrível contribuição para a matemática e ciência.

Uma Distinção de Valor Histórico

A Medalha Major Eustáquio, criada em 1985 e concedida pela Câmara dos Vereadores de Uberaba (MG), terra natal de Palis, é uma distinção de imenso prestígio, homenageando personalidades beneméritas e ilustres que tenham desempenhado papéis de grande relevância em relação ao município. Este ano, a honra foi direcionada a Palis, destacando seu legado extraordinário.

Contribuições que Marcaram Época

Jacob Palis, com seus 83 anos de idade, é um ícone da matemática brasileira. Nascido em Uberaba (MG), graduou-se em engenharia pela antiga Universidade do Brasil e obteve mestrado e doutorado na Universidade da Califórnia, nos anos 1960. Sua trajetória é marcada por uma série de feitos notáveis.

Um Legado de Excelência e Dedicação à Ciência

Ao longo de sua carreira, Palis ocupou cargos de destaque em instituições científicas de renome internacional. Foi membro do Conselho Científico do Centro Internacional de Física Teórica (ICTP), presidente da TWAS (Academia Mundial de Ciências), presidiu a Academia Brasileira de Ciências (ABC) e a União Internacional de Matemática (IMU). Seu trabalho incansável e excelência acadêmica renderam-lhe reconhecimento mundial, incluindo condecorações como a Legião de Honra da França.

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Inspiração para as Gerações Futuras

Além de suas contribuições científicas, Palis é um exemplo inspirador para jovens talentos. Eventos como a EMALCA não apenas reconhecem suas conquistas, mas também buscam identificar e incentivar estudantes promissores a seguir carreiras em matemática, ciência e engenharia. A iniciativa visa não apenas aprimorar o ensino secundário, mas também estimular a continuidade dos estudos acadêmicos nessas áreas fundamentais para o progresso humano.

Biografia

Nascido em Uberaba (MG), Jacob Palis, 83 anos, formou-se em engenharia pela antiga Universidade do Brasil (atual Universidade Federal do Rio de Janeiro/UFRJ). Concluiu mestrado e doutorado na Universidade da Califórnia (EUA), nos anos 1960. 

No início dos anos 1990, foi membro do Conselho Científico do Centro Internacional de Física Teórica (ICTP, na sigla em inglês) e presidente da instituição de 2003 a 2005. Palis também foi secretário-geral da Academia Mundial de Ciências (TWAS) de 2001 a 2006 e presidente da entidade entre 2007 e 2012.

Presidiu ainda a Academia Brasileira de Ciências (ABC) no período 2007-2016 e a União Internacional de Matemática (IMU) de 1999 a 2002. Em 2005, Jacob foi condecorado Cavaleiro da Ordem pela Legião de Honra da França.

Em 2018, recebeu nova condecoração: a medalha de Oficial da Legião de Honra da França, pelo trabalho de excelência realizado em prol da ciência mundial e das relações científicas entre a França e o Brasil. Mais recentemente, em 2019, conquistou o prêmio Abdus Salam Award, dividido com o físico Sandro Radicella e com a Biblioteca Marie Curie.

A homenagem a Jacob Palis com a Medalha Major Eustáquio não apenas celebra uma vida dedicada à ciência, mas também destaca a importância do seu legado para as futuras gerações. Seu trabalho incansável e paixão pela matemática deixam um impacto duradouro no cenário científico mundial.

Fonte: Impa