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21.5.25

21.5.25

Morre aos 85 anos Jacob Palis, gênio da matemática que transformou a ciência no Brasil

 

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Um dos maiores matemáticos do Brasil e do mundo

Faleceu nesta quarta-feira (7), no Rio de Janeiro, aos 85 anos, o matemático brasileiro Jacob Palis. Reconhecido internacionalmente, Palis foi um dos maiores nomes da matemática, deixando uma marca profunda na ciência brasileira e mundial. Seu trabalho influenciou gerações de pesquisadores e consolidou o Brasil como referência na área.

Uma vida dedicada à matemática e à ciência

Nascido em Uberaba, Minas Gerais, Jacob Palis mudou-se para o Rio de Janeiro aos 16 anos, onde ingressou no curso de Engenharia na Universidade do Brasil — atual Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Palis não demorou a se destacar: foi aprovado em primeiro lugar no vestibular e concluiu sua graduação em 1962.

Logo após, seu caminho acadêmico se voltou integralmente para a matemática, onde construiu uma carreira brilhante e de alcance global.

Liderança e contribuições científicas que mudaram a matemática

Jacob Palis não apenas produziu ciência de excelência, como também desempenhou papel fundamental no fortalecimento da matemática no Brasil e na América Latina. Entre 1993 e 2003, foi diretor-geral do Instituto de Matemática Pura e Aplicada (IMPA), período em que a instituição conquistou autonomia, flexibilidade e visibilidade internacional.

Em 1998, Palis foi eleito presidente da União Matemática Internacional (IMU), a mais alta entidade da matemática no mundo. Também liderou, em 1995, a criação da União Matemática da América Latina e Caribe (UMALCA), fortalecendo a colaboração científica no continente.

De 2007 a 2016, esteve à frente da Academia Brasileira de Ciências, onde continuou defendendo a valorização da ciência no país.

Contribuições acadêmicas que impactaram o mundo

Palis foi pioneiro no desenvolvimento da visão global da teoria dos sistemas dinâmicos, uma área que estuda o comportamento de sistemas matemáticos complexos. Seu trabalho, especialmente na década de 1990, é considerado referência até hoje e continua inspirando pesquisadores no Brasil e no exterior.

Ao longo de sua carreira, publicou dezenas de estudos que ajudaram a impulsionar a matemática como disciplina estratégica para o desenvolvimento científico e tecnológico.

Prêmios e reconhecimento internacional

O legado de Jacob Palis é reconhecido mundialmente. Ele fazia parte de dez Academias Nacionais de Ciências e recebeu o título de doutor Honoris Causa de nove universidades ao redor do mundo.

Entre os principais prêmios que recebeu estão:

  • Grã-Cruz da Ordem Nacional do Mérito Científico (1994)

  • Prêmio Interamericano para Ciência (1995)

  • Prêmio Trieste de Ciência (2006)

  • Prêmio Balzan em Matemática (2010) — um dos maiores prêmios científicos do mundo

  • Oficial da Legião de Honra (2018) — a mais alta condecoração da França

Despedida de um gigante da ciência

O velório de Jacob Palis acontece nesta quinta-feira (8), no Memorial do Carmo, capela 4, no Rio de Janeiro, das 10h30 às 14h30.

Marcelo Viana, diretor-geral do IMPA, destacou a importância de Palis em nota oficial:

“Jacob é, simplesmente, um gigante da nossa ciência. Sua visão, sua liderança e suas contribuições revolucionaram a matemática no Brasil e na América Latina, impactando profundamente as vidas de milhares de pesquisadores, inclusive a minha.”

Jacob Palis deixa um legado imensurável, não apenas pela excelência acadêmica, mas pelo papel fundamental na construção de uma ciência forte, inclusiva e global.


Fonte: Agência Brasil



21.4.24

21.4.24

Por que universidades e empresas disputam matemáticos no Brasil

 

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  • Filipe Vilicic
  • Role,De São Paulo para a BBC News Brasil


Quatro anos depois de se formar em matemática aplicada, Fernanda Scovino ainda frequenta a faculdade onde estudou, a Fundação Getúlio Vargas (FGV), mas não como aluna — ela vai agora em busca de novos talentos para suas equipes.

Ela lidera aos 25 anos uma equipe de seis analistas de dados na Prefeitura do Rio de Janeiro, e tem uma ONG, a Base de Dados, que reúne e facilita o acesso a uma série de informações.

“A disputa pelos matemáticos é muito grande", diz Fernanda.

"Quando eu estudava, as empresas promoviam visitas aos seus escritórios, éramos muito abordados por bancos, consultorias, startups e empresas de tecnologia", ela acrescenta.

A professora Maria Soledad Aronna diz que esse tipo de movimento é bem comum.

Ela dá aulas no curso de Ciências de Dados e Inteligência Artificial da FGV desde 2012 e conta que já viu vários ex-alunos voltarem alguns anos depois em cargos de chefia e atrás de estagiários.

A professora conta que as empresas chegam a recrutar estudantes até mesmo do segundo ano, quando eles nem sabem o básico da profissão.

"O índice de empregabilidade dos alunos é 100%, e o crescimento na carreira tem sido aceleradíssimo", diz Aronna.

O mercado está mesmo aquecido para quem domina matemática e em áreas afins — como estatística, ciência de dados, computação e algoritmos.

Essas pessoas são valorizadas porque têm habilidades que vão muito além de fazer cálculos e contas difíceis.

Elas desenvolvem também uma capacidade de pensar problemas de forma abstrata e sair em busca de soluções.

Mas o número de pessoas que formam nestas áreas no Brasil não parece estar dando conta da demanda.

A Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação, um setor onde vão trabalhar muitos destes profissionais, calcula, por exemplo, que são criadas quase 160 mil novas vagas por ano.

Mas só se formam a cada ano 53 mil com as habilidades que as empresas buscam, pelas contas da associação — ou seja, há em torno de três vagas para cada novo profissional.

O salário gira na casa de R$ 6 mil por mês, quase quatro vezes a média nacional, de R$ 1,6 mil.

Mas há empregos no mercado que pagam o dobro, triplo ou mais para profissionais mais experientes e qualificados.

"A era dos matemáticos chegou", cravou Keith McNulty, diretor global de ciências, tecnologia e digital da consultoria McKinsey & Company, em um post na rede social LinkedIn em outubro do ano passado.

McNulty explica à BBC News Brasil que a procura começou a aumentar nos últimos dez anos graças a popularização de novas tecnologias.

“Multiplicaram-se as oportunidades para matemáticos”, diz McNulty.

“Muitas empresas e organizações passaram a trabalhar com grandes quantidades de dados, sendo que antes costumavam se restringir a pequenas planilhas."

‘Achei que era golpe’

Essa alta demanda por profissionais da matemática e áreas correlatas produz um efeito em cascata em que as universidades saem à caça de jovens promissores nas salas de aula das escolas.

"Quando recebi o e-mail, não acreditei. Achei que era golpe", diz Paula Eduarda de Lima, de 18 anos, que recebeu um convite da FGV para participar de uma preparação para o vestibular.

Caso fosse aprovada, ela tinha a garantia de que receberia uma ajuda financeira para se mudar de Jaboti, no interior do Paraná, para estudar sobre ciência de dados e inteligência artificial no Rio.

Ela não foi o único caso. A FGV tem oferecido uma série de benefícios a estudantes de todo o Brasil que sejam medalhistas da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP).

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Paula Eduarda havia chamado a atenção ao ganhar a prata em 2021. Por dois anos seguidos, ela também foi ouro na Olimpíada Brasileira de Astronomia (OBA).

Filha de pequenos agricultores, Paula Eduarda aceitou o convite. Hoje, está no segundo ano do curso.

"Moro com os outros bolsistas em um hotel e recebo R$ 2,4 mil por mês de apoio", conta a estudante, que vê na matemática uma forma de "crescer na vida".

No futuro, ela diz se vê trabalhando com análise de dados em uma grande empresa ou como pesquisadora em uma universidade.

Como a matemática movimenta a economia

Os rendimentos de empregos ligados à Matemática compõem 4,6% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, segundo um estudo do instituto Itaú Social feito em parceria com o Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa).

De acordo com o estudo, homem e pessoas brancas ocupam a maioria dos empregos intensivos em matemática, com participação de 69% e 62%, respectivamente, embora sejam minoria na população em geral, com uma representação de 48,5% e 43,5% entre os brasileiros como um todo.

Divulgado no final do ano passado, esse foi o primeiro levantamento feito para estimar como estas profissões movimentam a economia do país.

Em outros países essa participação é ainda maior, diz Marcelo Viana, presidente do Impa.

Na Inglaterra, 15% do PIB é representado pela matemática e suas aplicações, aponta Viana. Na França, são 18%.

“Algoritmos, a ciência de dados e campos relacionados progridem rapidamente por serem cada vez mais presentes no dia a dia, nos produtos e softwares que usamos, com grande peso na economia", explica Viana.

Nos Estados Unidos, o governo estima que o número de vagas para matemáticos e estatísticos no mercado vai crescer 30% entre 2022 e 2032.

A média salarial está hoje na faixa dos US$ 100 mil por ano (quase R$ 500 mil) — aproximadamente o dobro do ganho médio de um americano.

Um profissional da área tem, em geral, mestrado em matemática ou estatística, segundo o levantamento do governo americano, mas algumas vagas aceitam apenas diploma em graduação.

É uma realidade bem diferente do que a que Keith McNulty, diretor da McKinsey, encontrou no passado.

"Quando me formei no doutorado, há 25 anos, saí perdido porque, naquela época, a única opção para matemáticos parecia ser ir para o meio acadêmico, algo que eu não achava gratificante", comenta McNulty.

Quanto ganha um matemático no Brasil?

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O levantamento do Itaú Social e do Impa apontou que, no Brasil, os salários mais baixos são justamente os de professores de matemática do ensino fundamental, em torno de R$ 2,5 mil.

Já as vagas nas áreas de pesquisa e engenharia giram em torno de R$ 8,3 mil por mês.

Os executivos em empresas públicas, categoria com o maior salário médio do estudo, recebem cerca de R$ 14,4 mil reais.

Os salários no mercado privado podem ir ainda mais além. Uma empresa de inteligência artificial de São Paulo, por exemplo, paga entre R$ 15 mil e R$ 20 mil para profissionais mais experientes, com doutorado e alguma experiência corporativa, segundo apurou a reportagem.

Mas, de acordo com um executivo da empresa, esses valores ainda assim ficam “abaixo da média” do setor, e é preciso sinalizar que isso será compensado por futuros bônus e opções de ações para conseguir recrutar os melhores.

Isso ajuda a entender porque a grande maioria dos colegas de Fernanda Escovino que também estudaram matemática trabalham na área de dados de grandes empresas e do mercado financeiro.

“São pouquíssimos os que viram professores e pesquisadores", diz ela.

Ela conta que, antes de entrar na faculdade, pensava cursar engenharia "justamente pelo preconceito que se tem de achar que a única opção para matemáticos é se tornar professor".

Mas Fernanda diz que se apaixonou pela matemática depois de assistir a uma aula na faculdade.

"O ponto de vista da matemática ensina sobre um tipo de raciocínio lógico que é importante em muitas carreiras, ainda mais nos dias atuais, com a popularidade da ciência de dados", diz Fernanda, que é diretora de dados e inovação.

"As pessoas ao redor estranham, mas os cargos nos quais estão os matemáticos têm títulos que para alguns não lembram a nossa disciplina."

Os gargalos para o Brasil se tornar potência da Matemática

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Se por um lado as novas profissões viraram um chamariz para a matemática, isso virou um problema para a formação de novos professores.

Os baixos salários pagos para quem dá expediente na sala de aula faz com que menos matemáticos procurem a licenciatura, diz Marcelo Viana, do Impa.

Isso cria um gargalo importante no Brasil e em outros países.

Em 2022, o matemático Christophe Besse, presidente do Centro Nacional de Pesquisa Científica (CNRS, na sigla em francês), apontou para uma tendência paralela.

"Há uma diminuição no número de professores e pesquisadores e, assim, uma menor capacidade de ensino", alertou Besse.

Outro problema, diz Viana, é que o Brasil "não tem acompanhado a demanda" na formação dos estudantes.

Uma evidência disso, aponta o presidente do Impa, são os resultados do Pisa, a principal avaliação de educação básica no mundo.

Enquanto os 38 países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), apelidada de "clube dos ricos", tem em média 31% dos alunos com baixo desempenho em matemática, o índice é de 73% no Brasil.

Isso quer dizer que sete em cada dez jovens do país não conseguem fazer os cálculos mais simples.

"Se considerar aqueles que alcançaram um nível mínimo de conhecimento para ambicionar ingressar em profissões que exigem o domínio da Matemática, aí a porcentagem é ínfima, de 4%", diz Viana.

"O Brasil tem uma carência enorme, por consequência de problemas estruturais de nosso ensino, que inclusive faz com que a matemática seja vista como um bicho-papão pelos estudantes.”

A bióloga Cristina Caldas, diretora de ciência do Instituto Serrapilheira, dedicado à valorização do conhecimento científico, defende ser preciso mais estímulo público e privado para ampliar a formação na área.

"Iniciativas que mostrem como modelos matemáticos, algoritmos e afins estão por trás de grandes avanços que atendem demandas atuais, como o combate a epidemias e o progresso da computação", diz Caldas.

O Brasil pode com isso se tornar “um país rico em ideias que possam solucionar problemas urgentes da sociedade atual", defende a bióloga.

O Serrapilheira está agora em sua 7ª Chamada Pública de Apoio à Ciência, destinada ao financiamento de pesquisadores nas áreas de ciências naturais, computação e matemática em início de carreira interessados em resolver grandes questões nos campos em que atuam.

Desde 2018, 24 projetos foram aprovados na área da matemática, com um total de investimentos na casa de R$ 7,5 milhões.

Em ciências da computação, foram outros 15 projetos, com investimento de R$ 3,1 milhões.

Keith McNulty, da McKinsey, ressalta, para quem quer ganhar a vida com a Matemática, que o mercado mudou bastante nos últimos 25 anos.

“A diferença agora está na grande quantidade de dados com a qual temos de trabalhar e na complexidade dos problemas matemáticos enfrentados", diz o executivo.

McNulty ressalta, no entanto, que no contexto atual de alta procura pela indústria da tecnologia, não basta ter formação na área.

Por isso, ele aconselha: "Torne-se competente em linguagem de programação, caso queira tirar o melhor de suas habilidades matemáticas em sua futura carreira”.

Fonte: BBC  Por Filipe Vilicic

Link: https://www.bbc.com/portuguese/articles/c04rj7jl4e1o 

  • Role,De São Paulo para a BBC News Brasil




18.7.23

18.7.23

'Meu maior sonho era estar aqui', diz estudante que conquistou único ouro do Brasil na maior olimpíada de matemática do mundo

'Meu maior sonho era estar aqui', diz estudante que conquistou único ouro do Brasil na maior olimpíada de matemática do mundo
'Meu maior sonho era estar aqui', diz estudante que conquistou único ouro do Brasil na maior olimpíada de matemática do mundo

Seis estudantes representaram o Brasil na competição internacional que aconteceu no Japão. Cearense Matheus Alencar, de 16 anos, subiu ao ponto mais alto do pódio.


De volta ao Brasil após ganhar uma medalha de ouro na 64ª edição da Olimpíada Internacional de Matemática , o cearense Matheus Alencar de Moraes trouxe consigo do Japão outro prêmio bastante especial: o sentimento genuíno de ter conseguido realizar um sonho de infância.

“Eu sempre estudei muito. Desde criança, eu já sabia que queria passar em olimpíadas de matemática. E o meu maior sonho era estar aqui na IMO [sigla em inglês da olimpíada]. Agora, poder na minha primeira participação representar o Brasil e já conquistar o 1º ouro do Ceará é realizador”, conta o estudante de 16 anos.

A IMO é competição a mais tradicional do gênero do mundo. O evento ocorreu entre os dias 2 e 13 de julho na cidade de Chiba, no arquipélago japonês. Neste ano, o Brasil conquistou uma medalha de ouro, duas de prata e três de bronze.

Das seis medalhas da equipe brasileira, três foram de estudantes do Colégio Farias Brito, de Fortaleza: um ouro, uma prata e um bronze.

Na soma de pontuações, o time Brasil ficou na 16ª posição entre os 112 países representados na disputa de alto nível, o melhor resultado entre países da América do Sul.

"Esta, sem dúvidas, é uma das melhores experiências da minha vida", revela o jovem que trouxe o único ouro do Brasil na IMO de 2023.

"Quando tinha 11 anos, ele bateu o pé e disse que queria muito ir para a IMO botar medo em chinês", brincou a mãe do adolescente, Marcele Alencar.


A dedicação para que o filho obtivesse sucesso por meio dos estudos, inclusive, foi um incentivo solitário de Marcele que ficou viúva quando Matheus ainda era criança.


Olimpíada Internacional de Matemática

Histórico do Brasil no evento


A Olimpíada Internacional de Matemática é a mais antiga, maior e mais prestigiosa de todas as competições do gênero do mundo. Ela foi realizada pela primeira vez em 1959, na Romênia. É uma olimpíada destinada a premiar jovens estudantes do Ensino Médio de mais de 100 países que ainda não entraram numa universidade.


A primeira medalha de ouro do Brasil na disputa foi obtida em 1981. Desde então as equipes brasileiras conquistaram ao todo 158 medalhas, sendo 14 de ouro, 55 de prata, 89 de bronze, além de 35 menções honrosas. Essas conquistas tornam o Brasil o país latino-americano com o melhor retrospecto na história da competição.



Fontehttps://g1.globo.com/ce/ceara/educacao/noticia/2023/07/18/meu-maior-sonho-era-estar-aqui-diz-estudante-que-conquistou-unico-ouro-do-brasil-na-maior-olimpiada-de-matematica-do-mundo.ghtml




21.2.22

21.2.22

Teste é capaz de medir o nível de habilidade em Matemática

Teste virtual pode ser feito por qualquer pessoa a partir de 4 anos e é capaz de medir o nível de habilidade em matemática.

Viral na Europa, teste de matemática chega ao Brasil

Teste virtual pode ser feito por qualquer pessoa a partir de 4 anos e é capaz de medir o nível de habilidade em matemática.

Não é novidade que a matemática é um grande desafio para muitas pessoas no Brasil, tanto pela dificuldade no aprendizado quanto pela qualidade do ensino nas escolas. Para se ter noção, a última avaliação nacional do ensino básico, desenvolvida pelo QEdu, portal de dados sobre educação no país, e pelo IEDE (Interdisciplinaridade e Evidências no Debate Educacional), evidenciou que 95% dos alunos de escolas públicas finalizam o ensino médio com baixo aprendizado em matemática, o que significa que só 5% absorvem o esperado para esse nível escolar.

 

Por esse e outros motivos, mesmo depois do período escolar, é comum encontrar adultos com dificuldades atreladas a disciplina, o que pode afetar diretamente o seu desempenho profissional. Diante deste cenário, a Smartick desenvolveu o Desafio Matemático, teste online que é capaz de medir o nível de habilidade de qualquer pessoa em relação à disciplina.

 

Já testado na Espanha com cerca de 13 mil pessoas, o desafio constatou diversos sinais de atenção para a população do país. Os resultados mostraram que de 10 adultos espanhóis, 6 não se lembram da matemática básica, ocorrendo falhas em exercícios que poderiam ser resolvidos por crianças. 

 

“Diante dos resultados obtidos e do cenário que vivenciamos junto a matemática no mundo, a Smartick insiste na importância do fortalecimento do estudo da disciplina ainda na infância, pensando na consolidação da autoconfiança durante a sua vida, e até mesmo, na disparidade de gênero no mercado de trabalho”, completa Javier Arroyo, co-fundador da marca.

 

A avaliação já está disponível para o Brasil e pode ser feita por crianças a partir de 8 anos e até mesmo por adultos de todas as faixas etárias, contém 10 perguntas sobre lógica, cálculo, álgebra e geometria com diferentes níveis de dificuldade e exibe o resultado logo após a resolução das questões.

 

 Fonte: Terra

 

 

23.7.21

23.7.21

Alunos de escola feirense recebem medalhas conquistadas na Olimpíada de Matemática Brasil

Os alunos estão distribuídos entre os ensinos fundamentais I e II da unidade de ensino, estreante nessa competição.
Foto: Arquivo Pessoal | Biannca Bergossi, 8º Ano, é uma das medalhistas

Acorda Cidade

Alunos de escola feirense recebem medalhas conquistadas na Olimpíada de Matemática Brasil

Os alunos estão distribuídos entre os ensinos fundamentais I e II da unidade de ensino, estreante nessa competição.  

Comemorando e com muita emoção. Nesse clima festivo, 29 estudantes, que tiveram êxito na edição 2021 da Olimpíada Canguru de Matemática Brasil, receberam, em cerimônia online, a tão esperada medalha pelas mãos de suas próprias famílias, que buscaram o prêmio na Escola João Paulo I (JPI), onde os medalhistas estudam, em Feira de Santana (veja nomes deles ao final da matéria).  Os alunos estão distribuídos entre os ensinos fundamentais I e II da unidade de ensino, estreante nessa competição.

 Biannca Bergossi, 8º Ano, é uma das medalhistas. “A entrega das medalhas foi emocionante. Foi momento em que ‘caiu a ficha’ de que eu tinha conquistado algo. Foi incrível!”, disse. A estudante, que recebeu Medalha de Bronze, informou ainda que treinou muito sozinha e também com orientação dos professores. Mãe da medalhista, Aline Bergossi destacou o empenho da filha e o incentivo da instituição. “Biannca estuda na Escola João Paulo I desde os dois anos de idade. Ela sempre teve muito interesse no conhecimento e sempre se dedica muito às propostas da escola, que coloca o aluno como protagonista do próprio aprendizado. A cerimônia foi virtual, mas nada tirou a emoção do momento, que foi significante e feliz”, comemorou.

 

Estudante do 4º Ano, Caio Ribeiro conquistou Medalha de Honra. “Tentei não ficar nervoso para a prova e me preparei para dar tudo certo. Se desse tudo certo, agradeceria a Deus. Se não desse certo, agradeceria a Deus também por ter me dado oportunidade de participar de uma competição. Deu tudo certo, ganhei medalha e espero participar da próxima”, revelou. Marilena Ribeiro, mãe do medalhista, declarou que o filho sempre gostou de Matemática.

 

“O apoio da escola para incentivar a participação de Caio em um campeonato nacional, conduzindo e oferecendo ferramentas para o crescimento, foi muito importante para o avanço dele no mundo da Matemática”, acrescentou.

 

Representante da Associação Internacional Canguru sem Fronteiras, que realiza a competição, professor Élio Mega enviou mensagem para os alunos.

“Quero parabenizar a todos que conquistaram medalha e a todos que participaram. O que importa é que vocês tenham aprendido alguma coisa com o Canguru. Nossa esperança, é que, com esse concurso, a gente possa despertar em todos os estudantes o gosto pela Matemática, tão importante para todos nós”, disse.

 

Confirmando as palavras do professor Élio e representando educadores que ensinam Matemática na JPI, professor Antônio Gama informou que a matéria tem função social na vida do aluno, pois ela está em tudo.

 

“Matemática está na Língua Portuguesa, na História... tudo tem sentido, significado”, contou. Durante a cerimônia, realizada pela escola, o estudante Luiz Henrique, 7º Ano, apresentou o histórico da Canguru de Matemática no mundo. Também no evento, a diretora do Ensino Fundamental, professora Cassia Braz, além de parabenizar alunos, famílias e professores, destacou a importância que essas competições de conhecimento vêm conquistando junto às universidades.

 

“A USP (Universidade de São Paulo), na capital paulista, por exemplo, já disponibilizou vagas para medalhistas do Ensino Médio”, disse. Por acreditar nos potenciais de seus estudantes e de sua equipe, a Escola João Paulo I incentiva a participação dos alunos nessas competições já no Ensino Fundamental. A proposta é fazer com que eles cheguem ao Ensino Médio mais preparados para as olimpíadas dessa etapa educacional e, por consequência, tenham maiores chances de ingresso nas universidades.

 

Pró Cassia Braz revelou ainda que o grande entusiasta para a JPI estrear na Canguru Brasil foi o professor de Geometria, Brunno Dantas, que informou ter havido aulas preparatórias e listas de exercícios específicos, por exemplo, mas que “o mérito é resultado também do trabalho que a escola já desenvolve no dia a dia”. A diretora geral da JPI, professora Enedite Braz, também acompanhou o evento, realizado na noite de 8 de julho. As provas da competição foram realizadas, via online, de 22 a 24 de março.

 

Estudantes olímpicos e as universidades

Para 2021 a Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), no estado de São Paulo, abriu inscrições gratuitas para 116 vagas, em 29 opções de cursos, destinadas a estudantes do Ensino Médio que tenham sido medalhistas ou tido ótimo desempenho em competições de conhecimento. Desde 2019, a USP (Universidade de São Paulo), na capital paulista, também oferece vagas para alunos com medalhas em competições científicas no Ensino Médio. No ano citado, foram 113 vagas em 60 cursos.

 

Medalhistas - Ano
PRATA

HEITOR OLIVEIRA PINHEIRO - 5º
SOPHIA RIOS SÃO PAULO BARRETO - 4º

 

BRONZE
BIANNCA BERGOSSI GOMES - 8º
ARTUR GOMES MARTINS BRITO - 8º
ÍSIS FADIGAS CARNEIRO - 8º
ENZO ARTHUR LEDOUX COELHO - 5º
LAURA OLIVEIRA NEVES SILVA - 4º

 

HONRA AO MÉRITO
PEDRO HENRIQUE SOUZA NASCIMENTO - 8º
LUIZ HENRIQUE PEREIRA FRAGA SILVA - 7º
DAVI DIOGO VIANA MONTEIRO JÚNIOR - 8º
PEDRO FERNANDES DOS SANTOS - 8º
ANNA BEATRIZ DE ALMEIDA E PEDREIRA - 9º
ANA CLARA CORREIA TEIXEIRA SANTA BARBARA - 9º
GUSTAVO HAGMENON DE CASTRO ARAÚJO - 6º
SAMUEL HEITOR COSTA MATOS - 5º
JOÃO LORENZO VIANA VERONES - 5º
DANIEL CARNEIRO SILVA - 6º
ANTONIO GABRIEL PIMENTEL COSTA DE OLIVEIRA - 5º
MARIA CLARA FREITAS LEITE - 6º
PEDRO MARTINS ALVES PEREIRA - 6º
GABRIEL BENEVIDES LEAL - 6º
CAIO MENEZES PEDROSO RIBEIRO - 4º
MATHEUS FERREIRA SILVA ARAUJO - 4º
LETICIA DO VALE LIMA DE LUCENA - 4º
CORI OLIVEIRA DE CARVALHO - 4º
BENJAMIM CARDOSO BRANCO - 4º
ELLEN DE ALCANTARA PEREIRA - 4º
MARIA YASMIN DE OLIVEIRA MACEDO - 4º
MARIA ALICE ARAUJO DE ALMEIDA - 4º